quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Noticias: John Surtees fala sobre o filho Henry

Três semanas após a morte do seu filho Henry, John Surtees, o campeão do Mundo de Formula 1 de 1964, fala sobre a vida e a carreira do seu filho. Em entrevista à BBC, ele considera que o seu acidente mortal do passado dia 19 de Julho, durante a prova de Formula 2 no circuito inglês de Brands Hatch, foi "anormal". "Porque é que aquela roda conseguiu se soltar e viajar a uma velocidade anormal?" questiona. "Estava a falar com o Bernie Ecclestone acerca desse mesmo assunto. Esta morte não vai ser em vão, porque irão acontecer progressos na segurança dos cockpits. É a maneira como se trabalha neste desporto.", concluiu.

Comparando com o seu tempo em competição, onde as mortes em pista eram frequentes, Surtees referiu: "Eu corri num periodo onde as mortes no desporto eram uma verdadeira tragédia, parcialmente devido à concepção dos circuitos e devido à maneira como os carros eram construidos. Só mais tarde, quando chegou mais dinheiro ao automobilismo é que se começou a investir fortemente na segurança. Hoje em dia, este desporto é muito mais seguro do que outras coisas mais triviais. Esta é a ironia da situação", afirmou.

Quanto ao seu filho em particular, John Surtees afirmou que ele tinha acabado de fazer os exames de final de curso do ensino secundário, e referiu o seu estado de espírito: "Era um homem diferente daquele período. Estava aliviado do estado de stress e podia concentrar-se verdadeiramente naquilo que mais gostava. Antes da corrida fatídica, fui ter com ele na grelha, cumprimentei-o e desejei-lhe boa sorte para a corrida. Mal sabia que estavamos a despedir-nos". concluiu. A familia considera agora constituir uma Fundação em seu nome.

1 comentário:

  1. Triste o pai ter sobrevivido a um dos tempos mais perigosos no automobilismo e motociclismo, sendo que o filho sucubiu em um dos tempos mais seguros. Os deuses (sou politeísta) não sabem probabilidade.

    Me parece, pelas declarações, que John ainda não ingresou nas fases mais tenebrosas do luto.

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