Hoje falamos da história do quarto piloto Campeão do Mundo que fez o seu regresso à Formula 1 após algum tempo de ausência. E neste caso, falamos de uma segunda história de sucesso, que é a de Alain Prost, que em 1993, depois de um "ano sabático", voltou pela porta grande, ao serviço da Williams, para conquistar o seu quarto e último título mundial.
No final de 1991, Alain Prost é despedido da Ferrari após o GP do Japão, no final de uma temporada tumultuosa e conflituosa dentro da equipa italiana. Procurou alternativas dentro do pelotão da Formula 1, mas nessa altura, os lugares de topo estavam preenchidos, nomeadamente na McLaren e Williams, que estava a preparar o seu chassis dominador, o FW14, com motor Renault V10. Prost considerou durante muito tempo um lugar na Ligier, com esses mesmos motores Renault, e fez dois dias de testes em Paul Ricard, um dos quais usou... o capacete de Eric Comas.
Após esses dois dias de testes, o piloto francês decidiu que o melhor seria tirar um ano sabático. Sendo assim foi comentador da TF1 francesa durante toda a temporada de 1992, enquanto que se preparava para assinar contrato com Frank Williams para a temporada de 1993. O contrato tinha sido assinado no inicio da temporada de 1992, um acordo que seria secreto até ao final dessa temporada. Falava-se que fora devido a isso que Nigel Mansell decidira sair da equipa e rumar para os Estados Unidos, onde correu na Newman-Haas e venceu o campeonato CART de 1993.
Prost fez uma temporada no FW15, no sentido de ganhar o seu quarto título mundial. com os seus rivias Ayrton Senna e Michael Schumacher com carros um pouco inferiores, e com um companheiro de equipa que pouco lhe poderia fazer mal, Damon Hill, Prost venceu na corrida do seu regresso, o GP da Africa do Sul de 1993. Venceu mais seis corridas, quatro dos quais consecutivas, e alcançou o título mundial quanso chegou na segunda posição no GP de Portugal daquele ano. Nesse fim de semana, Prost anunciaria que não iria correr mais na Formula 1 após o GP da Australia daquele ano.
Nessa altura, a rivalidade com Senna continuava ao rubro. Tinha uma clausula no contrato com a Williams que o impedia de correr com ele naquele ano, e tiveram duelos em pista durante aquela temporada. As corridas em Donington Park e Silverstone são as mais memoráveis. Mas na última corrida do ano, Senna, num enorme gesto de "fair-play", abraçou Prost, como sinal de agradecimento e reconhecimento pela rivalidade em pista, como adversários.
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