"O comité [Nobel] deu muita importância à visão e aos esforços de Obama com vista a um mundo sem armas nucleares. (...) Só muito raramente uma pessoa conseguiu como Obama capturar a atenção do mundo e dar às pessoas esperança para um futuro melhor. A diplomacia [de Obama] é fundada no conceito de que aqueles que lideram o mundo têm de o fazer tendo por base valores e atitudes que são partilhados pela maioria da população mundial”.
Eu sou mais um dos que está na fila para expressar o meu espanto. Quando o anuncio foi feito ao meio dia pelo sr. Thorbjoern Jagland, o presidente do comité norueguês (ao contrário dos outros prémios, o da Paz é anunciado em Oslo, a capital norueguesa), achei de inicio que estes tipos só poderiam estar a brincar. Mas agora, à medida que absorvo mentalmente a noticia, percebo que o Comité Nobel não quis dar o prémio aos feitos de alguém ao assinar um tratado internacional, ou como acontece na maioria das vezes, como consagração a uma vida dedicada a uma certa causa que esteja "na moda" naquela altura. É o impacto e as expectativas que este homem está a causar no mundo, algo que não me recordo acontecer desde, talvez, Mikhail Gorbachov.
A jornalista Teresa de Sousa, do jornal Público, deu uma boa explicação à razão pelo qual o Comité deu o prémio a um presidente no activo, o terceiro da história ( Teddy Roosvelt, em 1905 e Wodrow Wilson, em 1919, o precederam): " (...) Esqueçam o Médio Oriente ou o Irão. Esqueçam o Afeganistão. Esqueçam, numa palavra, os resultados da política externa dos Estados Unidos da América. Concentrem-se no símbolo. No dia em que Barack Obama foi eleito o 44º Presidente da nação mais poderosa do mundo, o mundo saudou a sua eleição como se lhe pertencesse. Obama era negro e representava o lado luminoso da América. Trazia um discurso de mudança radical da relação da América com o mundo. De diálogo, de compreensão e de respeito mútuo. Criava uma onda avassaladora de entusiasmo, de boa vontade e de expectativa. Era, num mundo de caos e de desordem, o mais poderoso sinal de esperança. Depois houve o discurso do Cairo. A palavra era em si própria a mudança. A política que anunciava também. O Nobel da Paz que acaba de lhe ser atribuído é dado a essa esperança. Só assim pode ser compreendido."
Quero acreditar nisso. Que este prémio é um incentivo, dado a um homem incomum que os nossos tempos tiveram a honra de o ter.
Eu sou mais um dos que está na fila para expressar o meu espanto. Quando o anuncio foi feito ao meio dia pelo sr. Thorbjoern Jagland, o presidente do comité norueguês (ao contrário dos outros prémios, o da Paz é anunciado em Oslo, a capital norueguesa), achei de inicio que estes tipos só poderiam estar a brincar. Mas agora, à medida que absorvo mentalmente a noticia, percebo que o Comité Nobel não quis dar o prémio aos feitos de alguém ao assinar um tratado internacional, ou como acontece na maioria das vezes, como consagração a uma vida dedicada a uma certa causa que esteja "na moda" naquela altura. É o impacto e as expectativas que este homem está a causar no mundo, algo que não me recordo acontecer desde, talvez, Mikhail Gorbachov.
A jornalista Teresa de Sousa, do jornal Público, deu uma boa explicação à razão pelo qual o Comité deu o prémio a um presidente no activo, o terceiro da história ( Teddy Roosvelt, em 1905 e Wodrow Wilson, em 1919, o precederam): " (...) Esqueçam o Médio Oriente ou o Irão. Esqueçam o Afeganistão. Esqueçam, numa palavra, os resultados da política externa dos Estados Unidos da América. Concentrem-se no símbolo. No dia em que Barack Obama foi eleito o 44º Presidente da nação mais poderosa do mundo, o mundo saudou a sua eleição como se lhe pertencesse. Obama era negro e representava o lado luminoso da América. Trazia um discurso de mudança radical da relação da América com o mundo. De diálogo, de compreensão e de respeito mútuo. Criava uma onda avassaladora de entusiasmo, de boa vontade e de expectativa. Era, num mundo de caos e de desordem, o mais poderoso sinal de esperança. Depois houve o discurso do Cairo. A palavra era em si própria a mudança. A política que anunciava também. O Nobel da Paz que acaba de lhe ser atribuído é dado a essa esperança. Só assim pode ser compreendido."
Quero acreditar nisso. Que este prémio é um incentivo, dado a um homem incomum que os nossos tempos tiveram a honra de o ter.
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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...