Para quem aproveitou esta madrugada para levantar mais cedo do que o habitual cedo ou deitar-se tarde para ver o GP do Japão, em Suzuka, tem para contar o seguinte: viu Sebastien Vettel a vencer com autoridade no seu Red Bull, numa corrida chata onde os três primeiros mantiveram as suas posições de largada: Vettel, Trulli e Hamilton. Viu também Jenson Button a conseguir um ponto na sua luta pessoal pelo título, apesar de ter ficado atrás de Rubens Barrichello nesta corrida. Contudo, ambos ajudaram a Brawn GP a conseguir os pontos suficientes para que ficasse... a meio ponto do seu primeiro título de construtores.
A história desta corrida ia começar com menos um elemento: Timo Glock. O piloto da Toyota tinha batido na véspera e tinha um corte na perna. apesar das tentativas para estar em forma a tempo, não foi o suficiente para alinhar na corrida. E foi assim, com 19 carros, que a Formula 1 arrancava para o GP do Japão, antepnultima prova do Mundial, e onde algumas questões pendentes poderiam ser resolvidas aqui.
A partida mostrou Sebastien Vettel na frente e Jaime Alguesuari a ficar momentâneamente na grelha, vitima de uma embraiagem defeituosa, o que fez com que Mark Webber não fosse o último classificado no final da primeira volta. Na quarta volta, Button passou o polaco Robert Kubica para conseguir o oitavo posto, mas se as pessoas esperavam que existissem mais ultrapassagens... ficaram desiludidos. Tirando as habituais trocas quando os pilotos iam para os reabastecimentos, nada de especial acontecia em pista. Céu limpo, sem humidade, em carros que não ajudam muito nas ultrapassagens, dá neste tipo de corridas.
Só a oito voltas do fim, há acção. Mas é quando Jaime Alguesuari prega-nos um susto dos diabos ao sair na curva mais perigosa de todas: a 130R. Oito anos depois de Alan McNish ter cortado um Toyota ao meio durante a sessão de treinos, é a vez do imberbe piloto espanhol (mas a crescer depressa) repetir a proeza. Com isto, provavelmente deve ter acordado alguns dos resistentes que já dormitavam, mas para os que estavam na pista, estava tudo encerrado: o alemão da Red Bull sairia dali vencedor, Jarno Trulli e Lewis Hamilton levavam mais um pódio para a colecção.
O Safety Car andou quatro voltas para dar tempo aos comissários de limpar a pista dos pedaços de carbono, e quando voltou, deu à corrida um melhor espelho da realidade: uma fila indiana. Mas isso não retira mérito a Vettel, que mostrou ter um carro adequado a esta pista. Depois do trio que foi ao pódio, os restantes lugares pontuáveis foram para o Ferrari de Kimi Raikonnen, o Williams de Nico Rosberg, o BMW Sauber de Nick Heidfeld e os Brawn GP de Rubens Barrichello e Jenson Button.
Para a Brawn GP, com este resultado, alcançou em Suzuka a incrivel marca de 156 pontos conquistados em 15 GP's. Curiosidade das curiosidades: na encarnação anterior, como Honda, tinha conseguido 154 pontos... em 99 Grandes Prémios. Apesar de ainda não ser oficial, é quase: o primeiro grande vencedor do ano é Ross Brawn, facto!
No final, Suzuka voltou ao calendário da Formula 1 e estou feliz por isso, é outro facto. Mas as ultrapassagens esta madrugada foram uma raridade, surpreendendo-me, e provavelmente a muitos de nós que acompanham isto com mais regularidade, pela negativa, especialmente depois da agitação e confusão na qualificação de ontem... Espero que não seja assim em Interlagos!
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