(continuação do capitulo anterior)
A notícia da súbita retirada da Honda tinha colocado Jenson Button à beira do desemprego pela primeira vez em nove anos, pois as perspectivas eram sombrias, quer para ele, quer para o seu companheiro Rubens Barrichello. E o Inverno de 2009 estava a ser de incerteza, pois não se sabia se iria alinhar em Melbourne com a nova máquina que Ross Brawn tinha projectado para aquela temporada. Após dois meses de incerteza, tudo se resolveu no final de Fevereiro, quando Ross Brawn e Nick Fry chegaram a um acordo de “management buyout” com a Honda, enquanto que os dois tinham um acordo para ficar com motores Mercedes para correr nessa temporada.
Quando os carros da Brawn GP começaram a fazer os seus primeiros testes, primeiro em Silverstone e depois em Barcelona, o mundo da Formula 1 estava espantado com o facto do chassis, agora baptizado de Brawn BGP001, ser tão bom ou melhor do que o resto da concorrência. E os pilotos tinham por fim uma máquina vencedora nas suas mãos. Mas o BGP001 tinha um trunfo: um difusor duplo, melhor desenvolvido pelo génio da Brawn, que explorou bem as ambiguidades do regulamento nesse aspecto para garantir vantagem sobre os adversários. Zangados, queriam ilegalizar o fundo duplo dos Brawn, mas a FIA considerou-os legais, para embaraço de Renault, Ferrari e McLaren, que demoraram a reagir.
E no GP da Austrália, primeira corrida de 2009, essa vantagem foi firmemente explorada, ao entrarem na história como o primeiro carro desde o GP do Canadá de 1970 (Jackie Stewart, no seu Tyrrell 001) a conseguir uma “pole-positon” na sua corrida de estreia, e no dia seguinte, quando Button cruzou a meta como vencedor, no primeiro piloto a vencer na sua estreia desde Juan Manuel Fangio, no GP de França de 1954, ao volante do seu Mercedes. O mundo da Fórmula 1 estava espantado.
E mais espantado ainda ficaria com o domínio dos carros brancos com faixa amarela nas corridas seguintes. Button venceria seis das primeiras sete corridas de 2009, primeiro num GP da Malásia que terminou a meio devido à carga de águas que caiu sobre o circuito (erro dos organizadores ao colocar a corrida num horário mais tardio, desconhecendo totalmente como funciona o tempo em letitudes mais tropicais…), e depois de ter sido terceiro na China, ganho por Sebastien Vettel, voltou às vitórias, vencendo quatro consecutivas: Bahrein, Espanha, Mónaco e Turquia. Conseguiu ainda mais duas pole-positions e uma volta mais rápida.
Ao fim de sete provas, Button era o líder incontestado de um campeonato que todos julgavam ser de um só sentido. Muitos julgavam que, a este ritmo, Button seria campeão em Monza ou ainda antes, pois o seu domínio nas pistas era impressionante. Mas o meio do campeonato iria demonstrar uma mudança na maré, com Red Bull, McLaren e Ferrari a reagirem à Brawn GP. E ainda por cima, o seu companheiro Rubens Barrichello, que tinha tido um mau arranque no início, também começava a ganhar corridas…
Depois de Istambul, Button continuou a pontuar regularmente, mas sempre fora do pódio. Barrichello ficou na mó de cima, com vitórias em Valência e Monza, mas sempre controlou as distâncias, dado que não havia um rival sólido, apesar de Sebastien Vettel ser o mais ameaçador fora da Brawn. Conseguiu um segundo lugar em Monza, quinze dias depois da sua única desistência da temporada em Spa-Francochamps, vítima de uma colisão na primeira volta causado pelo Renault de Romain Grosjean.
Mas na penúltima prova do campeonato, no autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, Button, depois de um decepcionante 14º lugar numa qualificação marcada pela chuva, fez uma corrida de ataque para chegar ao fim na quinta posição, mais do que suficiente para conquistar o seu título mundial. A história dele e da Brawn GP, inimaginável no início do ano, era realidade.
A sua carreira na Formula 1 (até ao GP do Brasil de 2009): 171 Grandes Prémios em dez temporadas (2000-09), sete vitórias, sete pole-positions, 23 pódios, duas voltas mais rápidas. Campeão do Mundo de pilotos de 2009, pela Brawn GP.
Como a maior parte dos seus companheiro de pelotão, Jenson Button vive no Mónaco e tem uma impressionante colecção de carros, que vão desde um Bugatti Veyron até a um Honda S600, passando por um Volkswagen Kombi de 1965. O seu pai, John Button, normalmente o acompanha nos fins de semana das corridas (no final do GP do Brasil de 2008, quando viu o carro do seu filho ir para o parque fechado com um principio de incêndio, afirmou: “deixa-o arder!”) bem como a sua actual namorada, a modelo nipo-argentina Jessica Michibata.
Fontes:
http://www.jensonbutton.com/ (site oficial)
http://www.jensonbuttonf1.com/ (site elaborado por fãs do piloto)
http://twitter.com/The_Real_JB (Twitter oficial de Jenson Button)
http://www.f1fanatic.co.uk/f1-information/whos-who/whos-who-b/jenson-button/
http://en.wikipedia.org/wiki/Jenson_Button
http://octetort.blogspot.com/2009/01/biografia_9500.html (biografia elaborada pelo Octeto)
http://www.grandprix.com/gpe/drv-butjen.html
A notícia da súbita retirada da Honda tinha colocado Jenson Button à beira do desemprego pela primeira vez em nove anos, pois as perspectivas eram sombrias, quer para ele, quer para o seu companheiro Rubens Barrichello. E o Inverno de 2009 estava a ser de incerteza, pois não se sabia se iria alinhar em Melbourne com a nova máquina que Ross Brawn tinha projectado para aquela temporada. Após dois meses de incerteza, tudo se resolveu no final de Fevereiro, quando Ross Brawn e Nick Fry chegaram a um acordo de “management buyout” com a Honda, enquanto que os dois tinham um acordo para ficar com motores Mercedes para correr nessa temporada.
Quando os carros da Brawn GP começaram a fazer os seus primeiros testes, primeiro em Silverstone e depois em Barcelona, o mundo da Formula 1 estava espantado com o facto do chassis, agora baptizado de Brawn BGP001, ser tão bom ou melhor do que o resto da concorrência. E os pilotos tinham por fim uma máquina vencedora nas suas mãos. Mas o BGP001 tinha um trunfo: um difusor duplo, melhor desenvolvido pelo génio da Brawn, que explorou bem as ambiguidades do regulamento nesse aspecto para garantir vantagem sobre os adversários. Zangados, queriam ilegalizar o fundo duplo dos Brawn, mas a FIA considerou-os legais, para embaraço de Renault, Ferrari e McLaren, que demoraram a reagir.
E no GP da Austrália, primeira corrida de 2009, essa vantagem foi firmemente explorada, ao entrarem na história como o primeiro carro desde o GP do Canadá de 1970 (Jackie Stewart, no seu Tyrrell 001) a conseguir uma “pole-positon” na sua corrida de estreia, e no dia seguinte, quando Button cruzou a meta como vencedor, no primeiro piloto a vencer na sua estreia desde Juan Manuel Fangio, no GP de França de 1954, ao volante do seu Mercedes. O mundo da Fórmula 1 estava espantado.
E mais espantado ainda ficaria com o domínio dos carros brancos com faixa amarela nas corridas seguintes. Button venceria seis das primeiras sete corridas de 2009, primeiro num GP da Malásia que terminou a meio devido à carga de águas que caiu sobre o circuito (erro dos organizadores ao colocar a corrida num horário mais tardio, desconhecendo totalmente como funciona o tempo em letitudes mais tropicais…), e depois de ter sido terceiro na China, ganho por Sebastien Vettel, voltou às vitórias, vencendo quatro consecutivas: Bahrein, Espanha, Mónaco e Turquia. Conseguiu ainda mais duas pole-positions e uma volta mais rápida.
Ao fim de sete provas, Button era o líder incontestado de um campeonato que todos julgavam ser de um só sentido. Muitos julgavam que, a este ritmo, Button seria campeão em Monza ou ainda antes, pois o seu domínio nas pistas era impressionante. Mas o meio do campeonato iria demonstrar uma mudança na maré, com Red Bull, McLaren e Ferrari a reagirem à Brawn GP. E ainda por cima, o seu companheiro Rubens Barrichello, que tinha tido um mau arranque no início, também começava a ganhar corridas…
Depois de Istambul, Button continuou a pontuar regularmente, mas sempre fora do pódio. Barrichello ficou na mó de cima, com vitórias em Valência e Monza, mas sempre controlou as distâncias, dado que não havia um rival sólido, apesar de Sebastien Vettel ser o mais ameaçador fora da Brawn. Conseguiu um segundo lugar em Monza, quinze dias depois da sua única desistência da temporada em Spa-Francochamps, vítima de uma colisão na primeira volta causado pelo Renault de Romain Grosjean.
Mas na penúltima prova do campeonato, no autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, Button, depois de um decepcionante 14º lugar numa qualificação marcada pela chuva, fez uma corrida de ataque para chegar ao fim na quinta posição, mais do que suficiente para conquistar o seu título mundial. A história dele e da Brawn GP, inimaginável no início do ano, era realidade.
A sua carreira na Formula 1 (até ao GP do Brasil de 2009): 171 Grandes Prémios em dez temporadas (2000-09), sete vitórias, sete pole-positions, 23 pódios, duas voltas mais rápidas. Campeão do Mundo de pilotos de 2009, pela Brawn GP.
Como a maior parte dos seus companheiro de pelotão, Jenson Button vive no Mónaco e tem uma impressionante colecção de carros, que vão desde um Bugatti Veyron até a um Honda S600, passando por um Volkswagen Kombi de 1965. O seu pai, John Button, normalmente o acompanha nos fins de semana das corridas (no final do GP do Brasil de 2008, quando viu o carro do seu filho ir para o parque fechado com um principio de incêndio, afirmou: “deixa-o arder!”) bem como a sua actual namorada, a modelo nipo-argentina Jessica Michibata.
Fontes:
http://www.jensonbutton.com/ (site oficial)
http://www.jensonbuttonf1.com/ (site elaborado por fãs do piloto)
http://twitter.com/The_Real_JB (Twitter oficial de Jenson Button)
http://www.f1fanatic.co.uk/f1-information/whos-who/whos-who-b/jenson-button/
http://en.wikipedia.org/wiki/Jenson_Button
http://octetort.blogspot.com/2009/01/biografia_9500.html (biografia elaborada pelo Octeto)
http://www.grandprix.com/gpe/drv-butjen.html
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