![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6FSe69eeID0342vJqvoIMl8gVva9J0tLl_J1Sbrl57YlNT7EuXONNdGJzpg6HR9qCYIp2gK-YWH4CT5uz5A_6YLD16h98XaNcm8nSUAWpeCu7J-EHyAGKCi47R7DSDpy1e1sFWCIbS4X/s280/Jap%C3%A3o+94.jpg)
No mesmo dia em que comemoramos 15 anos sobre o final de uma das temporadas mais horriveis de sempre da Formula 1, com o controverso final sobejamente conhecido, coloco esta fotografia para vos lembrar de que hoje se celebra outro feito, que tem reprecussões nos dias que correm: o final da aventura da Lotus na Formula 1. Fundada por
Colin Chapman, a sua primeira corrida foi no GP do Mónaco de 1958, com um modelo 16, e com
Graham Hill e
Cliff Allison como pilotos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNLw1RZ8jmeCjWhLoJeatj-LPhHDIReoznsDuvQyF2-FUNYMvnd3W2YzkFIIRSFfdnwub53roNLGZ9rcHuJEFxNhvZcbA8a-dId2aj8-PiIE5AIFQgGJ4-zxXrth0ayJU1hNndJveROjdf/s280/Peterson+78.jpg)
A Lotus, como sabem, é um dos nomes incontornáveis da Formula 1. Colin Chapman é provavelmente um dos homens que mais contribuiu para a evoluão da tecnologia na categoria máxima do automobilismo: o primeiro chassis monocoque, o primeiro Formula 1 com asas, o primeiro carro com radiadores nas laterais do carro, o primeiro carro com efeito-solo, o primeiro carro com suspensão activa (
cujo primeiro teste aconteceu no dia da sua súbita morte, em Dezembro de 1982) tudo isso aconteceu graças ao génio da sua imaginação, como engenheiro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMlObC_Kdf_2sH8ZIt0msvr-ZyvCTV0ev-iwyLTBOyV21WQ68FXFftIlkKj3U9CdBZStFHlp0JH41DN7ClYhNNt3DORpSado0JTH-JtJ8Q7fQEy1iVgeYhJCfcw2RaKNP3pHmvkkf_8B0s/s280/Lotus+88+7.jpg)
Numeros de chassis como o 25, 49, 72, ou o 79 foram sinónimos de sucesso e entraram definitivamente na história do automobilismo da segunda metade do século XX. Mas nestes sucessos também existem fracassos como o 56 (
carro-turbina) 63 (
quatro rodas motrizes), 76 (
sucessor do 72) 80 (
efeito solo total) e 88 (
chassis duplo, banido pela então FISA). Depois da morte de Chapman, somente os modelos Turbo como o 98T, de 1986, voltaram a dar à equipa algum do sucesso do passado.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzk2yBhpN0ZRaG8k5beGCoTBfdAoEb5QIinDnLJensVzjc9VZzbaQ9FVYpVztvzzK_67TThqTO3ri0VXSGgLQF1T9XoYjPgEUMkH2cIE956FjbUcmtutAm_N42KkYQ33e92yCYFNGFqFM6/s280/Jap%C3%A3o+94+8.jpg)
Em 1994, a Lotus estava falida. As dividas acumulavam-se, a sua reputação estava gravemente afectada devido ao escândalo De Lorean (
que explodiu meses antes de Chapman morrer, e há quem diga ainda hoje que ele não está morto) e desde a retirada da Camel em 1989, não atraia um grande patrocinio. Em Setembro, a forma entrou em "recievership" (
sob a tutela de um administrador de falencias) e pedia a pilotos pagantes dinheiro para saldar as suas contas.
Philippe Adams e
Mika Salo foram um bom exemplo disso. Quando aquele retrato foi tirado, muitos sabiam que, a regressar, iria ser por outra equipa.
Entretanto, a Lotus Cars, um ramo autónomo da marca, também tinha dificuldades, mas poucos anos depois encontrou outro comprador: a malaia Proton. Que sempre quis resgatar o nome e alcançar o objectivo da Formula 1. Em 2009 conseguiu-o, e no GP do Bahrein de 2010, em principio, alinhará com dois carros e motor Cosworth.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaGVAa53CEQah6S9gjxVtI7bPiDda_pqNdLXZzB0-K_uDrPsv28zJ1F-H6rObcNfKD0Ohh3F2RR-aY514X9dW-aJl4ZYVrsp6pHpzCbsTaBXF1IrrVoMxMoJSc1G_LmOVLzmP8mjaWTAjX/s280/Fernandes+09+2.jpg)
Será a mesma Team Lotus F1? Não, não é. Todos nós sabemos que é uma equipa malaia, que por acaso arranjou um bom projectista,
Mike Gascoyne, e um bom administrador,
Tony Fernandes. Mas quando se ouve os planos que esta gente tem, topa-se que eles querem ser uma equipa malaia, que querem fazer os seus carros na Malásia, e querem ter patrocinadores, e provavelmente no fututo, pilotos malaios. Ou seja, o velho carro pintado de verde britânico com uma faixa amarela, é altamente improvável. Se calhar, veremos um carro pintado com as cores da bandeira malaia...
Digo isto depois de ler hoje
a entrevista que o site brasileiro Grande Prêmio deu a Tony Fernandes. Comparado a
Richard Branson, é o homem por detrás da Air Asia, que patrocina a Williams. E pelo que se lê na entrevista, topa-se que isto é uma aventura malaia do que honrar os pergaminhos do passado: "
Sou excentricamente patriótico, nem posso esperar pelo dia em que verei as pessoas vestindo as camisas da Lotus estampadas com a bandeira da Malásia em alguma corrida tão estrangeira para nós quanto o GP de Mônaco." O nome Lotus entra aqui como uma parceria com a Proton, a marca que detêm a Lotus Cars, portanto, isto tudo tem como base a divisão automobtiva da marca. Sei que se chegou a um acordo com os detentores do mome Lotus, mas não creio que se está a usar a mesma designação que todos nós conhecemos.
Em suma, esta é outra encarnação, outra Lotus. A primeira fez a sua última corrida faz hoje 15 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...