O rumor circulou todo o dia na Europa, e pelos vistos, eminências pardas do automobilismo como o inglês Joe Saward e o brasileiro Luiz Fernando Ramos afirmam que isso é uma possibilidade real. Assim sendo, a Toyota pode ter feito em Abu Dhabi a sua última corrida na Formula 1.
A razão pela qual esta noticia saiu é que a direcção da Toyota, a maior construtora do mundo, tinha decidido reunir-se no próximo dia 15 de Novembro para discutir a sua continuidade na Formula 1, num cenario de crise e descida nas vendas de automóveis. Só que hoje soube-se que essa reunião foi antecipada para o próximo dia 8, o que deixou alguns observadores preocupados.
John Howett, o director desportivo da marca, garantiu ao AutoSport inglês em Abu Dhabi que "até agora não tivemos qualquer indicação de Tóquio nesse sentido pelo que estamos a preparar a próxima temporada da mesma forma como fizemos nos anos anteriores. É evidente que nesta altura todos os orçamentos estão a ser redimensionados, pois os construtores foram todos muito afectados pela crise económica mundial, mas as medidas tomadas pela FOTA vão ajudar-nos e a todas as equipas a poder competir em 2010 por um valor muito inferior ao que nos está a custar correr este ano. É normal confirmarem o nosso orçamento em Novembro, mas este ano as restrições vão ser maiores do que o habitual e, por isso, vamos esperar um pouco mais para decidir o que vamos fazer em 2010."
Contudo, a imprensa japonesa afirmou que essas medidas podem ter chegado tarde demais para garantir a continuidade da marca na Formula 1, que está presente desde 2002, e que falhou no objectivo de ganhar qualquer Grande Prémio, apesar de ter tido três pole-positions e três voltas mais rápidas. Um analista nipónico, da Mizuno Credit Advisory, avisou para o que aí pode vir: "A Toyota está a questionar-se relativamente ao que ganham em gastar centenas de milhões de ienes na participação na Formula 1".
Caso os rumores de retirada se confirmem, será o segundo construtor a abandonar a Formula 1 nesta temporada, depois da BMW, e seguirá o rumo de diversos construtores e marcas japonesas que, afectadas pela crise, abandonaram a arena desportiva no último ano, desde a Honda, na Formula 1, até a Suzuki e Subaru nos ralies.
É, na verdade é aquela coisa: os bobos da história somos sempre nós, espectadores.
ResponderEliminarTenho a seguinte opinião: a Toyota não assinou o Pacto da Concórdia, anunciou sua saída da F-1 já na época da resolução de todo aquele impasse entre a FIA e a Fota, mas deixou pra fazer o anúncio oficial só agora no fim do ano.
Penso assim porque Ecclestone e Mosley receberam com muito bons olhos o surgimento da Sauber-Qadbak - que já inclusive fechou fornecimento de motores com a Ferrari (por que fariam isso, se não tivessem certeza de que correriam em 2010?) - e vieram com aquela conversa mole de ter 14 equipes no próximo ano.
Pra mim, foi tudo jogo de cena, desde o início. Mas apostava mais na saída da Renault, por causa do Crash-Gate, do que da Toyota.
É, os japoneses vão sair. É uma pena pelo Kobayashi. O japa vai ter que procurar emprego e sua inexperiência deve pesar pras novas equipes. Além disso, seria o máximo ver um japonês em um time também japonês andando lá na frente.
Dois pontos que me deixam pensativo. Primeiro que mesmo com a recusa de muitas equipes, o espólio da BMW continua preparado para assumir uma vaga. Segundo que, a Toyota chegou a sondar o Raikkonen. Acho que os japoneses estão em dúvida sobre qual caminho seguir.
ResponderEliminaresse rumor circula na imprensa da europa desde que a Toyota estreou na F1.
ResponderEliminarachei más adequado do que nunca a saida da TOYOTA. por mai doloroso que possa parecer, é melhor do que aguentar uma categoria que despreza a diversidade de montadoras e o desenvolvimento de motores.
ResponderEliminaristo vai nos permitir chegar à massa crítica necesária para uma crisse final, e claro que ninguém vai optar pelo fim da F1. o ponto de vista das montadoras, o necesário espaço tanto económico quanto tecnológico e ainda politico será oferecido mais cedo ou mais tarde.
só devemos temer no momento do retorno. é claro que mesmo a dificil descição de sair da F1 é mais fácil do que a descição de entrar nela.
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ResponderEliminarSei que é cedo para especular, mas se realmente os japoneses assinaram o Pacto da Concórdia, será que não irão fazer um repasse da equipe, nos moldes do que originou a Brawn, para evitar alguma multa pesada?
Só o fato da desistência permite à Sauber (re)entrar no campeonato?
E agora, com a desistência da Bridgestone e o anúncio quase oficial de Goodyear, Pirelli e Michellin que não vão assumir o posto, os monopostos irão andar como o carro dos Jetsons, levitando?
Também li hoje pela manhã que a Renault reuniu a cúpula para deliberações de emergência: será mais uma a debandar?
E saiu mesmo... É a fuga dos nicômicos em massa. Honda, Bridgestone e agora a Toyota...
ResponderEliminarJá saiu. Temo por Kobayashi.
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