sábado, 12 de dezembro de 2009

Sebring, há 50 anos




Para além de hoje ser o aniversário natalicio de Emerson Fittipaldi, hoje comemora-se um feito com 50 anos. Um feito que se pode dividir em três: o primeiro Grande Prémio dos Estados Unidos sem ser em Indianápolis, ou seja, no circuito de Sebring, o título mundial de Jack Brabham e do seu Cooper, e a primeira vitória da carreira para Bruce McLaren, o primeiro neozelandês a vencer uma corrida de Formula 1.


Foi a unica vez que a Formula 1 rumou a Sebring, palco de uma das mais famosas corridas de resistência. Foi um Grande Prémio decisivo, pois nesta temporada, a luta era entre Brabham e Sirling Moss, e ambos corriam, embora em equipas diferentes, com o mesmo chassis: a Cooper. (O João Carlos Viana, do jcspeedway, depois lembrou-me depois que Tony Brooks também tinha hipóteses matemáticas de título, no seu Ferrari de motor à frente) E esta iria ser uma data decisiva para a Formula 1, pois ali iria ser entregue o primeiro título de pilotos e construtores a um chassis com motor traseiro, o que significava uma revolução total. Já nessa altura, os carros com motor à frente eram considerados obsoletos, mas ainda continuariam a correr em 1960, pois esse iria ser o último ano em que correriam com motores de 2.5 litros.


A corrida teve a sua emoção e dramatismo. Moss e Brabham precisavam de pontuar para terem hipóteses de chegar ao titulo, mas quando o britânico desitiu e viu frustrado, mais uma vez, as suas hipóteses de título, bastava a Brabham chegar ao fim nos pontos para conseguir o ceptro. Mas na última volta ficou sem gasolina e teve de empurrar o carro até à meta, cansado pelas provações da corrida, e deixado a vitória às mãos de um jovem piloto de 22 anos chamado Bruce McLaren. Era a primeira vitória oficial de um neozelandês na Formula 1, o mais jovem vencedor até então, e o inicio de uma lenda. Já escrevi sobre essa corrida há dois anos, se quiserem ler, sigm o link.


Em suma, hoje é um dia onde se assinalam várias "primeiras vezes". Mas cada um deles se justifica plenamente, dada a sua importância na história da Formula 1.

3 comentários:

  1. Foram os acontecimentos deste GP que fizeram apaixonar-me pela história da F-1 há alguns anos atrás, realmente de tirar o fôlego!

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  2. Algum dia desta semana também pretendo falar (mas só um pouco) dessa corrida. É daqueles eventos inescapáveis, um encerramento cronológico e simbólico da década de 50.

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  3. Paulo, gostaria apenas de corrigir um pequeno erro. Havia um terceiro elemento nessa briga, que era o inglês Tony Brooks, de Ferrari. Ele tinha chances matemáticas de ser campeão e, se fosse o caso, venceria com motor dianteiro. Por sinal, seguindo a história de "primeira vez...", 1959 foi a 1º vez que três pilotos chegaram a última corrida do ano brigando pelo título.

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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...