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Mais logo arranca o Campeonato Africano das Nações de 2010, que se realiza em Angola, com um jogo entre a selecção anfitriã e o Mali. Mas esta competição, que terminará no próximo dia 31, está manchada devido ao ataque que a selecção do Togo, cujo jogador-estrela é
Emmanuel Adebayor, sofreu no enclave de Cabinda, pouco depois de ter atravessado a fronteira de autocarro. O ataque, revindicado pelos guerrilheiros da FLEC (Frente de Libertação do enclave de Cabinda), matou três pessoas: o motorista de um dos autocarros, um técnico adjunto e o acessor de imprensa da selecção nacional. Outras nove pessoas ficaram feridas, entre os quais dois jogadores da selecção togolesa, tendo um deles, o guarda-redes
Kodjovi Obialé, sido transportado para Joanesburgo, para ser operado para retirar balas alojadas no abdómen e parte inferior das costas.
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Penso que muitos jogadores querem ir embora. Acho que eles não querem estar neste torneio porque já viram a sua morte", disse o avançado do Manchester City, em declarações à BBC Radio Five pouco depois do atentado. "
A maior parte dos jogadores quer voltar para as suas famílias. Ninguém consegue dormir depois do que viu. Eles viram um dos seus colegas de equipa com uma bala no corpo, a chorar, a perder a consciência e tudo", concluiu.
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As consequências foram inevitáveis: a selecção nacional desistiu da competição e vai para casa, depois de ficar apenas dois dias em Cabinda, todas as outras selecções expressaram a sua preocupação sobre a segurança, houve apelos para o cancelamento puro e simples da competição, e claro, outros começaram a questionar se as coisas vão ser assim dentro de seis meses, quando o mundo inteiro estiver de olhos na Africa do Sul, para o Campeonato do Mundo.
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Os jogadores estão em choque. O governo decidiu, por isso, mandar regressar a equipa. Depois deste drama não podemos participar nesta prova", declarou o porta-voz do governo togolês,
Pascal Bodjona, apesar das declarações dos responsáveis da selecção em contrário.
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Estes acontecimentos só demonstram o impacto que tem um grupo de pessoas quando querem perturbar um evento desportivo por motivos politicos ou religiosos, para dar visibilidade às suas causas, sejam elas legitimas ou pífias. E a razão pelo qual todas estas organizações gastem milhões pela segurança: para evitar aquilo que aconteceu na sexta-feira. Mas existem também culpados nos dois lados: porquê é que o Togo não entrou em Angola por avião, como a organização tinha recomendado? E porque é que Angola decidiu sediar um grupo em Cabinda, onde toda a gente sabe que ainda existia uma guerrilha de baixa intensidade?
É certo que o espectáculo vai continuar. Mas o evento, que deveria ser o espelho de um país que está em paz há oito anos, depois de mais de trinta em guerra civil, fica irremediavelmente manchado. O que é pena.
Olá Paulo!
ResponderEliminarAcho realmente lamentável o que aconteceu em Cabinda.
Agora penso:
e o que acontecerá na Copa do Mundo?
Nós nunca sabemos o que pode haver por trás de tudo isso.
esse foi um aviso de que (espero que não) mais atentados acontecerão...
tomara que esteja enganado, mas a coisa não vai bem por lá...
AH, falando de outro assunto, eu fui ver no Blog F-1 para falar com o Felipe, mas ele não existe mais...
você sabe se ele tem um novo endereço?
obrigado;
Tomas,
do Blog Fórmula 1
www.theformula1-blog.blogspot.com
É lamentável este tipo de atitude por parte deste grupo. Sou sempre favorável às reivindicações por independência e autonomia mas não amparadas nestas atitudes. É triste para o continente africano que vem sonhando há muito tempo em dar exemplo ao mundo com a FIFA World Cup, coloca por terra todo o esforço dos sul-africanos. Creio que teremos desistências até à época da competição. Azar dos africanos, azar do continente que continuará esquecido e largado como um quintal indesejado.
ResponderEliminarMuito triste isso. E me parece que o Brasil iria se preparar para a Copa em Cabinda. Não sei, mas acho que vão traçar novos planos..
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