Hoje, Jody Scheckter comemora o seu 60º aniversário natalicio. O unico sul-africano que venceu um campeonato do mundo, e que hoje se encontra radicado na Grã-Bretanha, cuidando dos seus negócios de agricultura biológica, foi no inicio da sua carreira um dos mais selvagens pilotos de automobilismo. A sua alcunha de "Baby Bear" foi lhe dada para o comparar a Dennis Hulme, o neozelandês da McLaren, que tinha a alcunha de "Bear" (Urso).
Entre 1972 e 73, Scheckter correu no terceiro carro da McLaren, dando bom uso do chassis M23, que na altura conseguia ser um grande rival do Lotus 72 e do Tyrrell 006. E no ano de 1973, correu por cinco vezes com esse carro, ganhando fama com as suas proezas em pista. Para o bem e para o mal.
Em Paul Ricard, palco do GP de França e no carro que era de Peter Revson, que tinha ido correr nos Estados Unidos, conseguiu um surpreendente segundo lugar na grelha, ao lado de Emerson Fittipaldi e Jackie Stewart. E nessa corrida, lutou fortemente pela liderança até que perdeu o controle do seu carro e levou o brasileiro consigo. Na altura foi acusado de condução perigosa, mas o pior estava para vir.
Na corrida seguinte, em Silverstone, Scheckter correu no terceiro carro da equipa, com o numero 30. Mas uma vez surpreendeu nos treinos, conseguindo o sexto posto. um feito com um terceiro carro... mas quando foi dada a largada, o sul-africano partiu bem e passou para quinto no final da primeira voltas. Mas na curva Woodcote, o sul-africano exagera e perde o controlo do seu carro, causando a maior carambola até então: onze carros destruidos, incluindo o dele. A sorte é que somente um piloto, o italiano Andrea de Adamich, é que sofreu ferimentos numa perna, que depois ditaram o final da sua carreira na Formula 1.
Com isto, a fama de "Wild Man" espalhou-se, e muitos pilotos o queriam ver banido do automobilismo. Alguns chefes de equipa aconselharam Teddy Mayer a dispensar o sul-africano, pelo menos até que soubesse dosear a sua agressividade. Aparentemente acedeu, pois só o chamou para as corridas americanas. Portou-se bem, mas continuou a dar nas vistas pelas piores razões. No Canadá, envolveu-se num acidente com Francois Cevért, poucos dias antes de ser anunciado como piloto da Tyrrell em 1974, ao lado do piloto francês.
Na corrida seguinte, em Watkins Glen, Scheckter tinha sido ultrapssado por ele metros antes do seu acidente fatal. Muitos consideram o facto de a visão do sul-africano à sua frente, combinado com o asfato naquela zona do circuito, a distância entre eixos do seu Tyrrell e o facto do piloto francês estar a puxar pelos seus limites, tendo até abordado aquela zona do circuito em quarta velocidade, em vez de uma recomendável quinta velocidade, sido factores mais do que suficientes para o seu acidente fatal.
Uma coisa é certa: após a sua entrada na equipa de Ken Tyrrell, a sua fama de piloto louco deu lugar à rapidez e consistência, tanto que cinco anos mais tarde, já na Ferrari, serviu-se dessa consistência para bater outro "wild man", Gilles Villeneuve, e tornar-se no unico campeão africano até aos dias de hoje.
Feliz Aniversário, Jody!
Entre 1972 e 73, Scheckter correu no terceiro carro da McLaren, dando bom uso do chassis M23, que na altura conseguia ser um grande rival do Lotus 72 e do Tyrrell 006. E no ano de 1973, correu por cinco vezes com esse carro, ganhando fama com as suas proezas em pista. Para o bem e para o mal.
Em Paul Ricard, palco do GP de França e no carro que era de Peter Revson, que tinha ido correr nos Estados Unidos, conseguiu um surpreendente segundo lugar na grelha, ao lado de Emerson Fittipaldi e Jackie Stewart. E nessa corrida, lutou fortemente pela liderança até que perdeu o controle do seu carro e levou o brasileiro consigo. Na altura foi acusado de condução perigosa, mas o pior estava para vir.
Na corrida seguinte, em Silverstone, Scheckter correu no terceiro carro da equipa, com o numero 30. Mas uma vez surpreendeu nos treinos, conseguindo o sexto posto. um feito com um terceiro carro... mas quando foi dada a largada, o sul-africano partiu bem e passou para quinto no final da primeira voltas. Mas na curva Woodcote, o sul-africano exagera e perde o controlo do seu carro, causando a maior carambola até então: onze carros destruidos, incluindo o dele. A sorte é que somente um piloto, o italiano Andrea de Adamich, é que sofreu ferimentos numa perna, que depois ditaram o final da sua carreira na Formula 1.
Com isto, a fama de "Wild Man" espalhou-se, e muitos pilotos o queriam ver banido do automobilismo. Alguns chefes de equipa aconselharam Teddy Mayer a dispensar o sul-africano, pelo menos até que soubesse dosear a sua agressividade. Aparentemente acedeu, pois só o chamou para as corridas americanas. Portou-se bem, mas continuou a dar nas vistas pelas piores razões. No Canadá, envolveu-se num acidente com Francois Cevért, poucos dias antes de ser anunciado como piloto da Tyrrell em 1974, ao lado do piloto francês.
Na corrida seguinte, em Watkins Glen, Scheckter tinha sido ultrapssado por ele metros antes do seu acidente fatal. Muitos consideram o facto de a visão do sul-africano à sua frente, combinado com o asfato naquela zona do circuito, a distância entre eixos do seu Tyrrell e o facto do piloto francês estar a puxar pelos seus limites, tendo até abordado aquela zona do circuito em quarta velocidade, em vez de uma recomendável quinta velocidade, sido factores mais do que suficientes para o seu acidente fatal.
Uma coisa é certa: após a sua entrada na equipa de Ken Tyrrell, a sua fama de piloto louco deu lugar à rapidez e consistência, tanto que cinco anos mais tarde, já na Ferrari, serviu-se dessa consistência para bater outro "wild man", Gilles Villeneuve, e tornar-se no unico campeão africano até aos dias de hoje.
Feliz Aniversário, Jody!
Também pensei em escrever sobre Jody hoje. Afinal, me propus a publicar artigos sobre o automobilismo da África do Sul este mês... Mas como o conteúdo dos anos 60 e 70 estava 'pesando', me resignei a deixar a data passar.
ResponderEliminarSorte que você não deixou! Pois a homenagem a Scheckter é merecidíssima. Certo dia estava lendo um relato de Denis Jenkinson sobre o GP da França de 73, e ele realmente deixou uma impressão e tanto.
Legal você ter focado na assagem do piloto pela McLaren - afinal, hoje é dela que todos estão falando...