terça-feira, 26 de janeiro de 2010

GP Memória - Brasil 1975

Quinze dias depois da corrida argentina, máquinas e pilotos estavam em Interlagos, palco do GP do Brasil, onde lidavam mais uma vez no calor do Verão austral. Não havia grandes novidades em relação à corrida argentina, excepto que a Copersucar apresentou um chassis modificado em relação á primeira corrida, que depois foi batizado de Fittipaldi FD02.

A grande especulação no paddock era que Ronnie Peterson estava considerar a saída da Lotus, devido à pouca competitividade do seu carro. O sueco chegou a testar à frente de toda a gente no Shadow, mas no último instante, fica com Colin Chapman e luta contra um chassis cada vez pouco competitivo.

Nos treinos, Jean-Pierre Jarier surpreendeu mais uma vez, a fazer a sua segunda “pole-position” consecutiva a bordo da sua Shadow. Ao seu lado estava Emerson Fittipaldi, no seu McLaren, enquanto que na segunda fila estava o argentino da Brabham Carlos Reutmann e o Ferrari do austríaco Niki Lauda. José Carlos Pace era o quinto da grelha, tendo o segundo Ferrari de Clay Regazzoni a seu lado. O Hesketh de James Hunt foi sétimo, seguido pelos Tyrrell de Jody Scheckter e de Patrick Depailler, e para fechar o “top ten” estava o segundo McLaren de Jochen Mass.

Na partida, Fittipaldi escorrega demasiado os seus pneus, e Reutmann aproveita para passar à liderança, surpreendendo Jarier. Pace era terceiro, enquanto que Fittipaldi era sexto ao fim da primeira volta. Jarier carregou Reutmann no sentido de apossar da liderança, e no final da quinta volta, conseguiu passar para a frente. Nas voltas seguintes, Jarier escapa, enquanto que Reutmann lutava contra um jogo de pneus que se degradava mais do que o esperado, e estava a ser pressionado pelo seu companheiro Pace. Na volta 14, o brasileiro finalmente passou para o segundo lugar e foi atrás de Jarier.

Reutmann caiu na classificação, ultrapassado por Lauda, Fittipaldi, Regazzoni e Mass, enquanto que na frente, ambos os pilotos, Pace e Jarier, mantinham o mesmo ritmo. Contudo, na volta trinta, o motor Cosworth do seu carro começa a falhar e a diferença diminuiu significativamente. Três voltas mais tarde, Jarier para e Pace passa para a frente.

Atrás dele, Regazzoni herdava a segunda posição, mas estava a ser ameaçado por Fittipaldi, que fazia uma recuperação desde a sua má partida, tendo passado Lauda umas voltas antes. No final da volta 35, o brasileiro passa para o segundo posto, pois o suíço tinha problemas de dirigibilidade. Para o público local, que suportava desde cedo o calor que se fazia sentir, esta era uma excelente novidade e um excelente motivo para comemorar.

Quando a bandeira xadrez caiu, Pace conseguia a sua primeira vitória na Formula 1, com Fittipaldi em segundo, na primeira dobradinha brasileira da história. Jochen Mass foi o terceiro, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram os Ferrari de Regazzoni, Lauda e o Hesketh de James Hunt.

Wilson Fittipaldi chegou ao fim na 13ª posição, um lugar atrás do Lola de Graham Hill, que ainda corria aos 47 anos na Formula 1, e o único que correu ainda nos anos 50. Para o britânico, esta iria ser a sua última temporada.

Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/1975_Brazilian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr252.html

1 comentário:

  1. Muito bom o texto, muito boa a época...

    Saudades de ver carros no antigo autódromo, no anel externo..

    Bons tempos...

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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...