Trinta anos é muito tempo, mas esta longevidade é o suficiente para dizer o que foi este 30 de Março de 1980. Para o Brasil, significou muito em termos de Formula 1. Significou que, pela primeira vez, haveria vida para além de Emerson Fittipaldi. Quando Nelson Piquet dominou por completo nas ruas de Long Beach, dando a primeira vitória à Brabham em ano e meio, não só significava a ascensão de um novo nome na Formula 1, mas também significava para os brasileiros que já tinham mais alguém para torcer, para além de Emerson Fittipaldi, que neste dia deu um raro “chuto” nos maus resultados, ao levar o seu carro ao terceiro posto, dando à Copersucar Fittipaldi o seu terceiro, e último, pódio da carreira.
No Brasil o desinteresse pela Formula 1, motivado pela frustração de ver Emerson Fittipaldi a desperdiçar alguns dos seus melhores anos da carreira ao volante do projecto pessoal que montara com o seu irmão, ajudado pela açucareira Copersucar, fez com que a Rede Globo “desse” os direitos da Formula 1 à Rede Bandeirantes, que depois os reclamaria de volta, com o sucesso de Piquet nesse ano. As pessoas sabiam que Piquet tinha potencial, e que a vitória era uma questão de tempo, mas não sabiam era quando é que isso iria acontecer. O segundo lugar em Buenos Aires tinha sido um aviso, mas faltava o resto. Esse “resto” aconteceu em Long Beach, e ainda por cima, tinha no pódio a companhia daquele que tinha sido um ídolo, uma referência: Fittipaldi.
O brasileiro tinha partido do 24º e último lugar da grelha, num ano onde tinham comprado a Wolf e alargado as operações para dois carros. E o seu novo recruta, Keke Rosberg, tornara-se numa dor de cabeça para o brasileiro, pois era bem mais rápido do que ele. Não muito longe na grelha estava o suíço Clay Regazzoni, então com 40 anos e ainda com fome de correr. Depois de ter ressuscitado a sua carreira na Williams, decidira tentar mais um ano na Ensign, a escuderia que o tinha acolhido três anos antes, quando saiu da Ferrari. O carro até tinha bom potencial, só que faltava a oportunidade de o demonstrar. E nessa corrida, “Regga” estava a ter essa oportunidade, quando circulava em quarto lugar, à frente de Fittipaldi. Contudo, na volta 51, quando quis travar o carro no final da meta, foi até ao fundo do pedal, mas não obteve resposta. Para piorar as coisas, foi num sítio onde o Brabham de Ricardo Zunino estava parado, sem que os comissários o tivessem retirado. Regazzoni bateu no carro, voou para a barreira de pneus… e a sua carreira terminou ali.
Outro facto interessante de Long Beach foi que o quinto posto no final da corrida. Pertencia ao sul-africano Jody Scheckter, o campeão do mundo pela Ferrari, que conseguia os seus primeiros pontos do ano. Viriam a ser os unicos, e os últimos da sua carreira, pois aos 30 anos de idade, e depois de ter conseguido o título de campeão do mundo, apenas cumpriu o que faltava do seu contrato com a marca do Cavalino Rampante de retirou-se da competição.
De facto, Long Beach foi marcante para muita gente. Para alguns foi um começo, para outros foi um fim. Mas no Brasil, deve ter sido uma reconquista.
No Brasil o desinteresse pela Formula 1, motivado pela frustração de ver Emerson Fittipaldi a desperdiçar alguns dos seus melhores anos da carreira ao volante do projecto pessoal que montara com o seu irmão, ajudado pela açucareira Copersucar, fez com que a Rede Globo “desse” os direitos da Formula 1 à Rede Bandeirantes, que depois os reclamaria de volta, com o sucesso de Piquet nesse ano. As pessoas sabiam que Piquet tinha potencial, e que a vitória era uma questão de tempo, mas não sabiam era quando é que isso iria acontecer. O segundo lugar em Buenos Aires tinha sido um aviso, mas faltava o resto. Esse “resto” aconteceu em Long Beach, e ainda por cima, tinha no pódio a companhia daquele que tinha sido um ídolo, uma referência: Fittipaldi.
O brasileiro tinha partido do 24º e último lugar da grelha, num ano onde tinham comprado a Wolf e alargado as operações para dois carros. E o seu novo recruta, Keke Rosberg, tornara-se numa dor de cabeça para o brasileiro, pois era bem mais rápido do que ele. Não muito longe na grelha estava o suíço Clay Regazzoni, então com 40 anos e ainda com fome de correr. Depois de ter ressuscitado a sua carreira na Williams, decidira tentar mais um ano na Ensign, a escuderia que o tinha acolhido três anos antes, quando saiu da Ferrari. O carro até tinha bom potencial, só que faltava a oportunidade de o demonstrar. E nessa corrida, “Regga” estava a ter essa oportunidade, quando circulava em quarto lugar, à frente de Fittipaldi. Contudo, na volta 51, quando quis travar o carro no final da meta, foi até ao fundo do pedal, mas não obteve resposta. Para piorar as coisas, foi num sítio onde o Brabham de Ricardo Zunino estava parado, sem que os comissários o tivessem retirado. Regazzoni bateu no carro, voou para a barreira de pneus… e a sua carreira terminou ali.
Outro facto interessante de Long Beach foi que o quinto posto no final da corrida. Pertencia ao sul-africano Jody Scheckter, o campeão do mundo pela Ferrari, que conseguia os seus primeiros pontos do ano. Viriam a ser os unicos, e os últimos da sua carreira, pois aos 30 anos de idade, e depois de ter conseguido o título de campeão do mundo, apenas cumpriu o que faltava do seu contrato com a marca do Cavalino Rampante de retirou-se da competição.
De facto, Long Beach foi marcante para muita gente. Para alguns foi um começo, para outros foi um fim. Mas no Brasil, deve ter sido uma reconquista.
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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...