Este foi o primeiro carro representou uma nova era na Lotus naqueles anos 80. Foi o primeiro carro amarelo, com as cores da Camel, foi o primeiro com motores Honda, e foi o primeiro carro com suspensão activa, e no qual Senna pode lutar mais sériamente pelo título, embora de forma mais mitigada do que faria depois pela McLaren. E este foi também o carro que deu a Satoru Nakajima a sua primeira oportunidade na Formula 1. Na véspera do 50º aniversário natalicio de Ayrton Senna, falo de um dos bólidos que o brasileiro guiou: o Lotus 99T.
Desenhado por Gerard Ducarouge e Martin Ogyilvie, o Lotus 99T foi uma evolução natural do modelo anterior o 98T, mas desta vez a sua traseira foi modificada para poder caber o motor Honda Turbo de 1.5 litros, que apareceu para substituir o Renault Turbo, que abandonava temporariamente a Formula 1 para se concentrar em construir um novo motor para 1989, ano em que os Turbo seriam abolidos. Construido em fibra de carbono, a sua parte traseira tinha a forma de garrafa de Coca-Cola, uma aplicação que tinha sido experimentada com êxito nos McLaren MP4/1 e MP4/2, desenhados por John Barnard.
Contudo, a grande novidade deste modelo era a suspensão activa. Um principio pensado por Colin Chapman como forma alternativa ao efeito-solo, abolido em 1982, e que começou a ser ensaiado no momento em que este morreu, o principio foi aperfeiçoado até então. A ideia era manter uma altura constante no carro, evitando por exemplo as ondulações do asfalto, fazendo com que o carro, que então tinha um fundo plano, fosse mais eficaz. Contudo, este principio vinha com um senão: era demasiado pesado para ser usado, e prejudicava a performance e a velocidade de ponta. Ducarouge tentou compensar isso, tentando desenhar um sistema mais leve, daí que este só tenha sido usado no final da época.
Em termos de equipa, com a chegada dos motores Honda, veio o japonês Satoru Nakajima, uma exigência da marca. Aos 34 anos, Nakajima já não era muito novo para se estrear na categoria máxima do automobilismo, mas atraiu muita atenção no país do Sol Nascente, onde se tornou num ídolo, a par de Senna. E Nakajima também ficava famoso por outra coisa: ele iria ter uma câmera de TV acopolada no seu carro, e este o iria acompanhar ao longo dessa época.
O inicio da temporada não foi bom para Senna, que desistiu no Brasil, mas em San Marino fez a pole-position, a unica do ano, e subiu ao pódio no segundo lugar, enquanto que Nakajima conseguia o seu primeiro ponto da carreira, ao acabar a corrida na sexta posição. Depois de ser colocado para fora por Nigel Mansell em Spa-Francochamps, fez uma prova sem mácula no Mónaco, onde conseguiu a sua primeira das cinco vitórias no Principado, seguido por outra em Detroit. O triunfo nas ruas da cidade americana acabou por ser a 79ª e última vitória da marca fundada por Colin Chapman na Formula 1.
Apesar de no resto da época ter sido superado pelos dois Williams, que também tinham motores Honda, Senna conseguiu ser regular e terminar constantemente no pódio, destacando-se três segundos lugares em Hungaroring, Monza e Suzuka, bem como dois terceiros lugares em Silverstone e Hockenheim. no final da época, Senna terminou na terceira posição do campeonato, com duas vitórias e mais seis pódios. Quanto a Nakajima, foi quarto classificado em Silverstone e conseguiu sete pontos nesta sua época de estreia. No final do ano, a Lotus foi terceira no campeonato, mas Senna foi para a McLaren, que tinha conseguido assinar um acordo de motores com... a Honda. Uma era terminava, outra era iria começar.
Ficha Técnica:
Chassis: Lotus 99T
Projectistas: Gerard Ducarouge e Martin Ogyilvie
Motor: Honda Turbo de 1.5 Litros
Pneus: Goodyear
Pilotos: Ayrton Senna e Satoru Nakajima
Corridas: 16
Vitórias: 2 (Senna 2)
Pole-positions: 1 (Senna 1)
Voltas Mais Rápidas: 3 (Senna 3)
Pontos: 64 (Senna 57, Nakajima 7)
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Lotus_99T
http://www.ultimatecarpage.com/car/1460/Lotus-99T-Honda.html
Desenhado por Gerard Ducarouge e Martin Ogyilvie, o Lotus 99T foi uma evolução natural do modelo anterior o 98T, mas desta vez a sua traseira foi modificada para poder caber o motor Honda Turbo de 1.5 litros, que apareceu para substituir o Renault Turbo, que abandonava temporariamente a Formula 1 para se concentrar em construir um novo motor para 1989, ano em que os Turbo seriam abolidos. Construido em fibra de carbono, a sua parte traseira tinha a forma de garrafa de Coca-Cola, uma aplicação que tinha sido experimentada com êxito nos McLaren MP4/1 e MP4/2, desenhados por John Barnard.
Contudo, a grande novidade deste modelo era a suspensão activa. Um principio pensado por Colin Chapman como forma alternativa ao efeito-solo, abolido em 1982, e que começou a ser ensaiado no momento em que este morreu, o principio foi aperfeiçoado até então. A ideia era manter uma altura constante no carro, evitando por exemplo as ondulações do asfalto, fazendo com que o carro, que então tinha um fundo plano, fosse mais eficaz. Contudo, este principio vinha com um senão: era demasiado pesado para ser usado, e prejudicava a performance e a velocidade de ponta. Ducarouge tentou compensar isso, tentando desenhar um sistema mais leve, daí que este só tenha sido usado no final da época.
Em termos de equipa, com a chegada dos motores Honda, veio o japonês Satoru Nakajima, uma exigência da marca. Aos 34 anos, Nakajima já não era muito novo para se estrear na categoria máxima do automobilismo, mas atraiu muita atenção no país do Sol Nascente, onde se tornou num ídolo, a par de Senna. E Nakajima também ficava famoso por outra coisa: ele iria ter uma câmera de TV acopolada no seu carro, e este o iria acompanhar ao longo dessa época.
O inicio da temporada não foi bom para Senna, que desistiu no Brasil, mas em San Marino fez a pole-position, a unica do ano, e subiu ao pódio no segundo lugar, enquanto que Nakajima conseguia o seu primeiro ponto da carreira, ao acabar a corrida na sexta posição. Depois de ser colocado para fora por Nigel Mansell em Spa-Francochamps, fez uma prova sem mácula no Mónaco, onde conseguiu a sua primeira das cinco vitórias no Principado, seguido por outra em Detroit. O triunfo nas ruas da cidade americana acabou por ser a 79ª e última vitória da marca fundada por Colin Chapman na Formula 1.
Apesar de no resto da época ter sido superado pelos dois Williams, que também tinham motores Honda, Senna conseguiu ser regular e terminar constantemente no pódio, destacando-se três segundos lugares em Hungaroring, Monza e Suzuka, bem como dois terceiros lugares em Silverstone e Hockenheim. no final da época, Senna terminou na terceira posição do campeonato, com duas vitórias e mais seis pódios. Quanto a Nakajima, foi quarto classificado em Silverstone e conseguiu sete pontos nesta sua época de estreia. No final do ano, a Lotus foi terceira no campeonato, mas Senna foi para a McLaren, que tinha conseguido assinar um acordo de motores com... a Honda. Uma era terminava, outra era iria começar.
Ficha Técnica:
Chassis: Lotus 99T
Projectistas: Gerard Ducarouge e Martin Ogyilvie
Motor: Honda Turbo de 1.5 Litros
Pneus: Goodyear
Pilotos: Ayrton Senna e Satoru Nakajima
Corridas: 16
Vitórias: 2 (Senna 2)
Pole-positions: 1 (Senna 1)
Voltas Mais Rápidas: 3 (Senna 3)
Pontos: 64 (Senna 57, Nakajima 7)
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Lotus_99T
http://www.ultimatecarpage.com/car/1460/Lotus-99T-Honda.html
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