Passaram-se três corridas e viu-se que o equilibio prometido cumpriu-se: três vencedores diferentes, em corridas que foram emocionantes o suficiente para levantar da cadeira. Apesar de alguns receios relativamente à modorra que foi a primeira corrida no tilkódromo barenita, as duas seguintes, na Austrália e na Malásia, as coisas foram diferentes para melhor. E nesta corrida, o facto de Sebastien Vettel ter levado o seu Red Bull para o primeiro posto quase sem oposição poderá ter sido um sinal de que os problemas de juventude que o seu carro tinha poderão estar resolvidos, e ele passar a ser agora o candidato numero um ao título mundial.
Michael Schumacher: quem tinha expectativas?
Deparei esta semana com uma matéria de duas páginas num jornal de grande tiragem, onde se falava sobre a "indisfarçável desilusão de Michael Schumacher". As pessoas tinham altas expectativas sobre o heptacampeão alemão, que após tr~es anos de ausências das pistas, voltaria em forma e iria discutir mais um vez o título de campeão mundial, mesmo apesar dos seus 41 anos de idade, a bordo de um Mercedes GP.
Vou ser honesto: não estou desiludido com Michael Schumacher. E porquê? Por uma razão simples. Não tinha quaisquer expectativa em relação ao seu regresso. É preciso ser um pouco especialista para justificar as razões pelos quais eu não tinha alimentado tal coisa. E não estou a falar só da idade e da forma fisica que tinha de ganhar para poder estar de igual para igual face a uma concorrência que no caso extremo de Jaime Alguersuari, tem dezanove anos de diferença para ele.
Estou a falar de um carro que não está feito para o seu estilo de condução. O Mercedes W01, projectado por Ross Brawn, não é um carro que, em primeiro lugar, possa dar muita luta perante o Ferrari F10 ou o McLaren MP/4 25. E segundo, o carro é subvirador, ou seja, sai demasiado de frente, e ele é optimo para o estilo de condução do seu companheiro, Nico Rosberg. O facto de ele ser copiosamente batido pelo seu jovem compatriota demonstra a sua adaptabilidade ao carro, algo que Schumacher não tem.
Mas ele não tem passado propriamente por vergonhas. Para alguém com 41 anos e a adaptar-se a três anos de ausência, não tem falhado a entrada na Q3, algo que por exemplo, a ferrari e a McLaren já sofreram, e o melhor que conseguiu foi um sexto lugar. as por esta altura, já Rosberg conseguiu o primeiro pódio da Mercedes em 55 anos e está nos lugares da frente. E a cada corrida que passa, a diferença entre ambos tende a aumentar. O que vai deixar um problema na cabeça de Ross Brawn: deixa o carro como está e favorece Rosberg, ou aposta num carro mais apto a Schumacher e deixa "apeado" o filho de Keke?
HRT: O que nasce torto...
...tarde ou nunca se endireita. É verdade que o carro está a ganhar quilómetros em pista, nos fins de semana de corridas, mas este é um carro que está dois segundos mais lento que, por exemplo, os Lotus-Cosworth. E se os carros da marca fundada por Colin Chapman são quatro segundos mais lento do que a concorrência... acho que fala um bocado. Mas mais interessante é ver na pista que Karun Chandhok começa a ser mais rápido que Bruno Senna, pelo menos na Malásia. Pode não ser nada, pois o piloto brasileiro se vêm queixando de que está a guiar com um tipo de carro à frente e outro atrás, e o indiano simplesmente se adaptou melhor ao carro.
Mas o mais interessante, pelo menos o que se verificou este fim de semana, é que dentro da equipa que é liderada por Colin Kolles, começam a surgir atritos entre a equipa e a Dallara, fabricante do chassis. Fala-se de problemas financeiros, devido á falta de pagamentos por parte de Jose Ramon Carabante, e agora há outro forte rumor de que existe dinheiro somente até ao GP do Mónaco, e caso não entrem novo fluxo de dinheiro, a aventura da Hispania pode nem chegar ao final do ano.
Caso aconteça o pior, será a melhor forma de dizer que esta escolha, a par da malfadada USF1, foi mais resultado das loucas politicas de Max Mosley, cujos critérios eram no minino discutíveis. E agora a Formula 1 paga de uma certa forma o preço dessas escolhas.
Mas enfim, por agora fico por aqui. Na semana que vem tem mais para contar. Até lá!
Michael Schumacher: quem tinha expectativas?
Deparei esta semana com uma matéria de duas páginas num jornal de grande tiragem, onde se falava sobre a "indisfarçável desilusão de Michael Schumacher". As pessoas tinham altas expectativas sobre o heptacampeão alemão, que após tr~es anos de ausências das pistas, voltaria em forma e iria discutir mais um vez o título de campeão mundial, mesmo apesar dos seus 41 anos de idade, a bordo de um Mercedes GP.
Vou ser honesto: não estou desiludido com Michael Schumacher. E porquê? Por uma razão simples. Não tinha quaisquer expectativa em relação ao seu regresso. É preciso ser um pouco especialista para justificar as razões pelos quais eu não tinha alimentado tal coisa. E não estou a falar só da idade e da forma fisica que tinha de ganhar para poder estar de igual para igual face a uma concorrência que no caso extremo de Jaime Alguersuari, tem dezanove anos de diferença para ele.
Estou a falar de um carro que não está feito para o seu estilo de condução. O Mercedes W01, projectado por Ross Brawn, não é um carro que, em primeiro lugar, possa dar muita luta perante o Ferrari F10 ou o McLaren MP/4 25. E segundo, o carro é subvirador, ou seja, sai demasiado de frente, e ele é optimo para o estilo de condução do seu companheiro, Nico Rosberg. O facto de ele ser copiosamente batido pelo seu jovem compatriota demonstra a sua adaptabilidade ao carro, algo que Schumacher não tem.
Mas ele não tem passado propriamente por vergonhas. Para alguém com 41 anos e a adaptar-se a três anos de ausência, não tem falhado a entrada na Q3, algo que por exemplo, a ferrari e a McLaren já sofreram, e o melhor que conseguiu foi um sexto lugar. as por esta altura, já Rosberg conseguiu o primeiro pódio da Mercedes em 55 anos e está nos lugares da frente. E a cada corrida que passa, a diferença entre ambos tende a aumentar. O que vai deixar um problema na cabeça de Ross Brawn: deixa o carro como está e favorece Rosberg, ou aposta num carro mais apto a Schumacher e deixa "apeado" o filho de Keke?
HRT: O que nasce torto...
...tarde ou nunca se endireita. É verdade que o carro está a ganhar quilómetros em pista, nos fins de semana de corridas, mas este é um carro que está dois segundos mais lento que, por exemplo, os Lotus-Cosworth. E se os carros da marca fundada por Colin Chapman são quatro segundos mais lento do que a concorrência... acho que fala um bocado. Mas mais interessante é ver na pista que Karun Chandhok começa a ser mais rápido que Bruno Senna, pelo menos na Malásia. Pode não ser nada, pois o piloto brasileiro se vêm queixando de que está a guiar com um tipo de carro à frente e outro atrás, e o indiano simplesmente se adaptou melhor ao carro.
Mas o mais interessante, pelo menos o que se verificou este fim de semana, é que dentro da equipa que é liderada por Colin Kolles, começam a surgir atritos entre a equipa e a Dallara, fabricante do chassis. Fala-se de problemas financeiros, devido á falta de pagamentos por parte de Jose Ramon Carabante, e agora há outro forte rumor de que existe dinheiro somente até ao GP do Mónaco, e caso não entrem novo fluxo de dinheiro, a aventura da Hispania pode nem chegar ao final do ano.
Caso aconteça o pior, será a melhor forma de dizer que esta escolha, a par da malfadada USF1, foi mais resultado das loucas politicas de Max Mosley, cujos critérios eram no minino discutíveis. E agora a Formula 1 paga de uma certa forma o preço dessas escolhas.
Mas enfim, por agora fico por aqui. Na semana que vem tem mais para contar. Até lá!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...