Quando soube da possibilidade de chuva na Malásia, olhei para o calendário e recuei dezassete anos no tempo, mais concretamente a 1993. Num Domingo de Páscoa como este, chovia num outro lugar do planeta, um lugar onde máquinas e pilotos iriam correr, apesar do tempo que se fazia sentir, e iriam enfrentar os elementos. Esse outro lugar do planeta era Donington Park, no Midland inglês, e assisti, via TV, ao último brilho de um piloto chamado Ayrton Senna, que a bordo de uma máquina inferior aos Williams FW15, precisou apenas de uma volta para demonstrar até que ponto era genial à chuva.
Aqui na Malásia não se esperava ver tal coisa, aliás, esperava-se calor a uma tempestade a meio da corrida. E o asfalto estava seco à partida. Mas isso não foi impeditivo que os problemas começassem bem antes dela. Assim deve ter pensado o espanhol Pedro de la Rosa, quando viu o seu Sauber ficou parado na sua volta de instalação. Deve ser frustrante para um piloto nem começar para a corrida...
Na largada, o momento decisivo: Sebastien Vettel arranca bem e aproveita a longa recta para superar em velocidade Nico Rosberg e Mark Webber e ficar com a liderança, algo que tirando a obrigatória paragem em corrida, não mais a perdeu. Mais atrás, Ferrari e McLaren faziam corridas de recuperação, especialmente Lewis Hamilton, que galgava posições com uma facilidade impressionante... em poucas voltas já estava na zona dos pontos.
A Ferrari fazia o mesmo, mas Felipe Massa conseguiu superar Fernando Alonso logo na partida e não mais a largou. Entre eles estava Jenson Button, que os dava luta. Mas o que não se sabia era que o piloto espanhol vivia um drama dentro do seu carro: corria sem embraeagem, que se tinha partido na volta de aquecimento. E o unico sinal desse problema era quando trocava de marchas entre a segunda e a terceira velocidade. De resto... parecia que estava tudo bem. Uma demonstração de que ou era a resistência da máquina, ou seria o talento do piloto.
À medida que as voltas decorriam, uma certeza se instalava no meio de todos: a chuva não iria aparecer. E a minha impressão de catástrofe, ou um reavivar do que tinha visto 17 anos antes tinha ido pelo cano abaixo. Mas mesmo assim, Sepang não era uma chatice. Pelo menos as quebras de motor eram bem maiores do que esperava.
Com o tempo, se os quatro pilotos da frente se mantinham imutáveis (Vettel, Webber, Rosberg e Kubica), atrás do Force India de Adrian Sutil (mais um bom resultado da equipa) a luta continuava. Hamilton pressionava o alemão, Massa tentava apanhar Hamilton, Button segurava Alonso. Seguindo o padrão habitual de "chegar, mas não conseguir ultrapassar", todos apostavam na travagem da primeira curva para concretizar isso. E na volta 55, o último drama da corrida: Alonso trava o mais tarde possivel, numa manobra suicida, para passar Button, mas não só não consegue como vê a caixa ceder. Valeu pela tentativa e pelo espectáculo televisivo, mas foi catastrófico em termos de pontos...
E no final, Sebastien Vettel quebrou a malapara e jogou o azar para longe. Para alguns, esta vitória tem duas corridas de atraso, mas demonstrou que isto era uma questão de tempo. E a dobradinha da Red Bull pode ser um sinal do que aí vem, quando o RB6 foi finalmente uma máquina fiável.
Para acabar, duas palavras para Jaime Alguersuari e Nico Hulkenberg. Conseguiram os seus primeiros pontos da carrreira, ao terminarem respectivamente no nono e décimo postos. E o catalão de 20 anos, que já tinha dado nas vistas ao aguentar Michael Schumacher na Austrália (hoje perdeu uma porca e desistiu), hoje deu luta aos McLaren e Ferrari, superou o seu companheiro Sebastien Buemi e deu os primeiros pontos do ano para a Toro Rosso. Quanto a Hulkenberg, o décimo posto serviu para compensar a catástrofe que foi a corrida de Rubens Barrichello.
E outra coisa interessante: das equipas estreantes, cinco dos seus carros presentes terminaram a corrida! A fiabilidade lá está, agora toca a trabalhar na velocidade... Dentro de 15 dias, em Xangai, tem mais.
Aqui na Malásia não se esperava ver tal coisa, aliás, esperava-se calor a uma tempestade a meio da corrida. E o asfalto estava seco à partida. Mas isso não foi impeditivo que os problemas começassem bem antes dela. Assim deve ter pensado o espanhol Pedro de la Rosa, quando viu o seu Sauber ficou parado na sua volta de instalação. Deve ser frustrante para um piloto nem começar para a corrida...
Na largada, o momento decisivo: Sebastien Vettel arranca bem e aproveita a longa recta para superar em velocidade Nico Rosberg e Mark Webber e ficar com a liderança, algo que tirando a obrigatória paragem em corrida, não mais a perdeu. Mais atrás, Ferrari e McLaren faziam corridas de recuperação, especialmente Lewis Hamilton, que galgava posições com uma facilidade impressionante... em poucas voltas já estava na zona dos pontos.
A Ferrari fazia o mesmo, mas Felipe Massa conseguiu superar Fernando Alonso logo na partida e não mais a largou. Entre eles estava Jenson Button, que os dava luta. Mas o que não se sabia era que o piloto espanhol vivia um drama dentro do seu carro: corria sem embraeagem, que se tinha partido na volta de aquecimento. E o unico sinal desse problema era quando trocava de marchas entre a segunda e a terceira velocidade. De resto... parecia que estava tudo bem. Uma demonstração de que ou era a resistência da máquina, ou seria o talento do piloto.
À medida que as voltas decorriam, uma certeza se instalava no meio de todos: a chuva não iria aparecer. E a minha impressão de catástrofe, ou um reavivar do que tinha visto 17 anos antes tinha ido pelo cano abaixo. Mas mesmo assim, Sepang não era uma chatice. Pelo menos as quebras de motor eram bem maiores do que esperava.
Com o tempo, se os quatro pilotos da frente se mantinham imutáveis (Vettel, Webber, Rosberg e Kubica), atrás do Force India de Adrian Sutil (mais um bom resultado da equipa) a luta continuava. Hamilton pressionava o alemão, Massa tentava apanhar Hamilton, Button segurava Alonso. Seguindo o padrão habitual de "chegar, mas não conseguir ultrapassar", todos apostavam na travagem da primeira curva para concretizar isso. E na volta 55, o último drama da corrida: Alonso trava o mais tarde possivel, numa manobra suicida, para passar Button, mas não só não consegue como vê a caixa ceder. Valeu pela tentativa e pelo espectáculo televisivo, mas foi catastrófico em termos de pontos...
E no final, Sebastien Vettel quebrou a malapara e jogou o azar para longe. Para alguns, esta vitória tem duas corridas de atraso, mas demonstrou que isto era uma questão de tempo. E a dobradinha da Red Bull pode ser um sinal do que aí vem, quando o RB6 foi finalmente uma máquina fiável.
Para acabar, duas palavras para Jaime Alguersuari e Nico Hulkenberg. Conseguiram os seus primeiros pontos da carrreira, ao terminarem respectivamente no nono e décimo postos. E o catalão de 20 anos, que já tinha dado nas vistas ao aguentar Michael Schumacher na Austrália (hoje perdeu uma porca e desistiu), hoje deu luta aos McLaren e Ferrari, superou o seu companheiro Sebastien Buemi e deu os primeiros pontos do ano para a Toro Rosso. Quanto a Hulkenberg, o décimo posto serviu para compensar a catástrofe que foi a corrida de Rubens Barrichello.
E outra coisa interessante: das equipas estreantes, cinco dos seus carros presentes terminaram a corrida! A fiabilidade lá está, agora toca a trabalhar na velocidade... Dentro de 15 dias, em Xangai, tem mais.
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