Hoje falo de uma edição emblemática para o automobilismo brasileiro: o ano de 1989. Desde 1966 que não ganhava um piloto estrangeiro na mítica Brickyard, e desde o meio da década de 80 se verificava a entrada de pilotos vindos de outros países que não o Canadá ou o México. O italiano Teo Fabi, o brasileiro Emerson Fittipaldi e o holandês Arie Luyendyk eram três exemplos de estrangeiros que vieram interromper o dominio dos pilotos americanos na CART.
E o ano de 1989 era uma altura critica. Com as lendas como Al e Bobby Unser, A.J. Foyt e Rick Mears a reformarem-se, mesmo ainda com a presença nas pistas de Mario Andretti, pilotos como Danny Sullivan e herdeiros como Michael Andretti e Al Unser Jr., a presença estrangeira já não podia ser ignorada. E na edição de 1989, houve um grande duelo, entre o americano e o estrangeiro. E o resultado final mudou muito em termos do futuro da CART.
Numa corrida muito disputada, ASl Unser Jr. e Emerson Fittipaldi estavam juntos na última volta, e iriam disputar palmo a palmo pela vitória. Só que na Curva 3, ambos tocam-se e o americano bate no muro, enquanto que Fittipaldi seguiu em frente, rumo à primeira das suas duas vitórias no Brickyard. Mas o toque, que poderia ser palco de polémica, não foi mais do que um incidente de corrida. E Unser Jr. teve uma grande demonstração de "fair play" quando o elogiou, na berma da pista.
Fittipaldi tornou-se no primeiro vencedor a receber mais de um milhão de dólares, e no final do ano, o brasileiro campeão da Formula 1 em 1972 e 74 tornou-se no primeiro estrangeiro a ganhar o campeonato CART. E foi o primeiro do contigente brasileiro que invade os Estados Unidos desde o inicio da década de 90.
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