terça-feira, 8 de junho de 2010

GP Memória - Suécia 1975

Passados quinze dias sobre o GP da Belgica, a Formula 1 ia para paragens do norte da Europa, mais concretamente a Anderstorp, palco do GP da Suécia. O pelotão da Formula 1, uma vez mais, sofria algumas alterações. A primeira era o regresso de Mario Andretti e da Parnelli, passados os compromissos que a equipa americana tinha nas 500 Milhas de Indianápolis. Depois tinhamos a Williams, que alinhava com dois novos pilotos: o irlandês Damien McGee, que substituia Arturo Merzário, que tinha saído da equipa, e o sul-africano Ian Scheckter, que substitua o francês Jacques Laffite, que corria na Formula 2 nesse mesmo fim de semana.

Na Hesketh, o local Torsten Palm estava de volta, enquanto que na Hill, o velho Graham Hill, a adaptar-se no seu novo estatuto de director de equipa, substituía o francês Francois Migault pelo australiano Vern Schuppan.

Na qualificação, aconteceu algo surpreendente: o March de Vittorio Brambilla conseguiu o melhor tempo, obtendo uma inédita "pole-position" para si, e a primeira da marca em cinco temporadas. Ao seu lado tinha o Tyrrell de Patrick Depailler. Na segunda fila estavam o Shadow de Jean-Pierre Jarier, com o Brabham de Carlos Reutemann no quarto posto. Niki Lauda, o vencedor das duas últimas corridas do campeonato, era o quinto na grelha, com o segundo Brabham de José Carlos Pace no sexto posto. A quarta fila tinha o segundo Tyrrell de Tom Pryce e o segundo Tyrrell de Jody Scheckter e para fechar o "top ten" estavam o Lotus de Ronnie Peterson e o Surtees de John Watson. Todos os 24 pilotos presentes alinhariam na corrida.

Na partida, Brambilla manteve o comando, seguido por Depailler, Jarier, Reutemann, Pace e Lauda. Poucas voltas depois, o argentino conseguiu passar o Shadow do piloto francês, mas somente na volta 15 é que se começariam a ver alterações significativas na classificação. Primeiro foram os travões de Depailler que começaram a falhar, depois foram os pneus de Brambilla que começaram a sobreaquecer, fazendo com que fosse ultrapassado por Reutemann. O italiano foi às boxes e voltou à corrida no meio do pelotão.

Com isto, Jarier era o segundo, seguido por Pace, Lauda e o seu companheiro, o suiço Clay Regazzoni e o italo-americano Mario Andretti. As coisas mantiveram-se assim até à volta 39, quando o motor Cosworth do carro de Jarier entrou em sobreaquecimento e "entregou a sua alma ao Criador", dando à Brabham um 1-2, pois Pace ficou com o lugar. Mas isso foi sol de pouca dura, pois na volta 41, o brasileiro despista-se, cedendo o lugar a Niki Lauda.

Com as voltas a passar, o austriaco aproximava-se paulatinamente de Reutemann, que à medida que as voltas passavam, começava a sentir problemas de direcção, tornando-se cada vez mais difícil controlar o seu carro. A dez voltas do fim, já Lauda estava encostado no Brabham do argentino, e tentou uma manobra de ultrapassagem. Foi bem sucedido, e arrancou rumo à sua terceira vitória consecutiva.

Reutemann conseguiu manter o segundo posto, à frente de Regazzoni, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram os americanos Mário Andretti, no seu Parnelli, e Mark Donohue, no seu Penske. Para fechar os lugares pontuáveis, ficava o Hill de Tony Brise, que conseguia estrear-se nos pontos, bem como a sua equipa. Iria ser o único ponto da sua breve carreira.

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