Passaram-se duas semanas desde os eventos desastrosos de Spa-Francochamps, e o pelotão da Formula 1 iria passar por uma mudança radical na sua composição. Com Stirling Moss a recuperar no hospital, Mike Taylor a pensar na sua vida além da carriera, e Chris Bristow e Alan Stacey já mortos, a Formula 1 prosseguia a sua temporada, desta vez no circuito francês de Reims-Guieux.
Sem Moss, Rob Walker decidiu não comparecer. E na equipa oficial da Lotus, Alan Stacey foi substituido por Ron Flockhart. Na BRP, equipa onde corria Bristow, e que tinha chassis Cooper, o substituto foi Trevor Taylor, enquanto que Tony Brooks, que estava ausente pois ia guiar um Vanwall, tinha Bruce Halford como seu substituto.
De resto, não havia grandes novidades. Na equipa oficial da Lotus, para além de Flockhart, estavam Innes Ireland e Jim Clark, enquanto que na BRP estava o belga Olivier Gendebien. Na Cooper oficial estavam Jack Brabham e Bruce McLaren, enquanto que na Ferrari corriam Wolfgang von Trips e Phil Hill, para além do belga Willy Mairesse. Na BRM estavam presentes o sueco Jo Bonnier, o americano Dan Gurney e o britânico Graham Hill, e finalmente, na americana Scarab, estavam os amoericanos Richie Ginther e Chuck Daigh.
Nos privados, a Scuderia Centro-Sud tinha o veterano francês Maurice Trintignant, o americano Masten Gregory e o britânico Ian Burgess, todos num Cooper-Maserati, enquanto que o italiano Gino Munaron corria num Cooper-Castelloti, da Scuderia Castelloti. Havia mais um Cooper inscrito, para o belga Lucien Bianchi, e um Lotus privado, inscrito para outro britânico, David Piper.
Na qualificação, Jack Brabham foi o melhor no seu Cooper, seguido pelo Ferrari de Phil Hill e pelo BRM de Graham Hill. Na segunda fila estavam o Lotus-Climax de Ireland e o Ferrari de Mairesse, seguido pelo outro Ferrari de Von Trips, o BRM de Dan Gurney, o Lotus de Ron Flockhart e a fechar o "top ten" estavam o Cooper de McLaren e o Lotus de Clark.
Durante a qualificação, os motores Scarab dos dois carros presentes tiveram vários problemas e não puderam alinhar na corrida. A mesma coisa tinha-se passado com o Lotus de David Piper.
A corrida começou agitada, com Graham Hill a largar mal e a ser abalroado pelo Cooper de Trintignant, abandonando ambos na hora. Tony Brooks e Lucien Bianchi também se tocaram, mas continuaram em prova. Na frente, Phil Hill e Jack Brabham trocavam de posições ao longo das primeiras voltas, até que o piloto americano começou a sofrer de problemas de transmissão e ficou para trás. Pouco depois, o mesmo se sucedeu a Von Trips, e abandonou. O segundo classificado era agora o Lotus de Ireland, mas pouco depois teve de ir às boxes para reparar a suspensão.
A meio da corrida, os dois BRM sobreviventes, de Bonnier e Gurney, tinham também desistido, com problemas de motor, e quem herdava o segundo posto era o belga Gendebien, no Cooper da BRP. Bruce McLaren era o terceiro, e na parte final da corrida, o carro de Henry Taylor ficava com o quarto posto. Com as outras equipas a desistirem, a Cooper dominava, colocando quatro dos seus chassis nos quatro primeiros lugares.
Com a sua terceira vitória consecutiva, Jack Brabham era cada vez mais o candidato numero um ao título mundial. Sem Moss e aproveitando bem as quebras dos outros, parecia que o bicampeonato era mais do que seu. Quanto a Henry Taylor, este quarto lugar seria a primeira vez que ficaria nos pontos. Primeira e unica. A fechar os lugares pontuáveis ficavam os Lotus de Jim Clark e Ron Flockhart.
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