Depois de Charade, o pelotão da Formula 1 estava agora em paragens britânicas, mais concretamente em Silverstone. Apesar de estar na metade do campeonato, sendo esta a quinta de dez provas, era mais do que evidente que Jim Clark era o natural favorito a vencer o campeonato, pois nas quatro provas anteriores, tinha vencido em três, e como tinha estado ausente no Mónaco, prova ganha por Graham Hill, podia-se dizer que o seu registo na temporada tinha sido um inédito cem por cento vitorioso.
Em Silverstone, costumava haver entradas de pilotos locais, que engrossavam em muito a grelha. A lista de inscritos estava igualmente partida entre inscrições oficiais e privadas: doze cada uma. Do lado oficial, a Lotus tinha inscrito Jim Clark e Mike Spence, na BRM estavam Graham Hill e Jackie Stewart, na Brabham estavam Dan Gurney, Jack Brabham e Denny Hulme, na Honda apenas Richie Ginther, na Cooper Bruce McLaren e Jochen Rindt e na Ferrari Lorenzo Bandini e John Surtees.
Quando às inscrições privadas, para começar, tinhamos na Rob Walker Racing os carros de Jo Siffert e Jo Bonnier, guiando ambos chassis da Brabham, enquanto que a Scuderia Centro Sud tinha um BRM para o americano Masten Gregory, recente vencedor das 24 Horas de Le Mans (com Rindt) com um Ferrari inscrito por Luigi Chinetti. Na Reg Parnell Racing estavam os britânicos Richard Attwood e Innes Ireland, ambos num Lotus-BRM enquanto que o resto eram inscrições individuais de pilotos como Frank Gardner, num Brabham-BRM, Ian Raby, também num Brabham-BRM, John Rhodes, num Cooper-Climax, Bob Anderson, num Brabham-Climax, Allan Rolinson, num Cooper-Ford da Gerard Racing, e Brian Gubby, num Lotus-Climax.
Na qualificação, o melhor foi Clark, que partilhava a primeira fila com o BRM de Hill e o Honda de Ginther. Na segunda fila estavam o segundo BRM de Stewart e o Ferrari de Surtees, enquanto que na terceira fila estavam o segundo Lotus de Spence, os Brabham de Gurney e de "Black Jack" e a fechar os dez primeiros ficavam o segundo Ferrari de Bandini e o terceiro Brabham de Hulme.
Allan Rollinson e Brian Gubby acabaram por não conseguir escapar dos dois últimos lugares e por isso não se qualificaram para a corrida.
No dia da corrida, o céu estava nublado, mas não ameaçava chuva. Antes da partida, Jack Brabham decidiu abdicar do seu lugar a favor de Dan Gurney, pois o seu carro tinha se avariado e não estaria pronto a tempo da corrida. Quando esta começou, Ginther saltou para a liderança, mas no final da primeira volta, Clark reagiu e conseguiu recuperá-la. Pouco depois, Hill e Surtees também passaram o piloto americano, que foi relegado para o quarto lugar.
Na volta 26, Ginther teve problemas de motor e desistiu, enquanto que Hill e Surtees tentavam apanhar Clark, que ganhava vantagem volta após volta. Entretanto, o Lotus de Spence se aproximou de Surtees e ambos começaram a batalhar pelo terceiro posto, com o piloto da Ferrari a tentar resistir às investidas com sucesso.
Clark estava a caminho de uma vitória clara, mas nas voltas finais apanhou um valente susto. O seu motor começou a falhar e a sua vantagem começou a diminuir claramente a favor de Hill, que se aproximava velozmente e ameaçava a sua vitória. Contudo, Clark conseguiu manter uma vantagem mínima, que acabou por ser de 3,2 segundos, e venceu pela terceira vez consecutiva naquela temporada, abrindo cada vez mais um fosso perante a concorrência.
A acompanhar Clark no pódio foram Graham Hill e John Surtees, e nos restantes lugares pontuáveis ficavam o segundo Lotus de Mike Spence, o segundo BRM de Jackie Stewart e o Brabham de Dan Gurney, o primeiro dos estrangeiros nessa corrida.
Com 36 pontos conquistados, contra 20 de Hill, 19 do estreante Stewart e 17 de Surtees, parecia que Jim Clark era cada vez mais o candidato numero um ao título. O Lotus 33 era um excelente carro nas suas mãos e aquela continuava a ser uma temporada de sonho para ele e para o seu patrão Colin Chapman. Ambos eram uma dupla imparável e dependiam deles próprios para conseguirem ambos os titulos, de Pilotos e Construtores.
Fontes:
Jim Clark liderava no final da corrida,com tranquilidade,quando o motor começou a apresentar em algumas curvas queda da pressão do óleo. Jimmy passou a desligar o motor nessas curvas,voltando a liga-lo nas retas. E quando passava pelos boxes fazia sinal de positivo para
ResponderEliminara equipe. E Graham Hill voando, avisado pelo box da BRM,eram 25 segundos a 10 voltas do final da corrida,e na chegada eram 3.2 segundos.Interessante que antes da prova que seria a quarta vitoria na temporada de F1 de 65, a pista de Silverstone amanheceu com um "GO HOME JIM", escrito a giz.Quem teria sido o autor? Algum piloto brincalhão para que os outros tivessem alguma chance?Depois das 500 milhas de Indianapolis, jim correu no Canadá de carro esporte(Lotus 30) e desistiu por problemas mecanicos, depois fez 3 baterias de F2 em Cristal Palace,venceu as 3.Venceu em o GP da Belgica na chuva, guiando a maior parte do tempo só com uma mão, enquanto a outra segurava a alavanca de cambio.Em seguida venceu o GP da França sempre no limite e sem opom omosição.Aí veio Reims na França uma pista velocíssima, de vacuo. Era uma prova de F2 e a briga foi dura contra as 2 Brabham da Winkelman com Jochen Rindt e Alan Rees e a Lola de Frank Gardner. A luta foi dura e igual e na chegada Rindt vence com 2 décimos de segundo sobre Gardner, 3 décimos sobre Jim Clark, 4 décimos sobre Rees. Chegada emocionante, e uma das poucas derrotas na pista do escoces voador no ano de 65.E chegamos a GP da Inglaterra, e com jimmy no auge da forma fisica e técnica, a unica chance de vitoria de homens como Graham Hill,Surtees,Gurney,Brabham,Stewart,Spence,Hulme,Rindt,Bandini e os outros, era de que o escoces quebrasse. Jim dominou as pistas como só Fangio dominou antes e só Senna dominaria depois.
Explica-se o "JIM GO HOME" em Siverstone 65.
Emilion Kohn
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