sexta-feira, 16 de julho de 2010

GP Memória - Grã-Bretanha 1995

Após quinze dias de ausência, a Formula 1 estava de volta com a corrida de Silverstone, que iria ser o palco do GP da Grã-Bretanha. A prova marcava o equador do campeonato, onde Michael Schumacher era o lider e cada vez mais o favorito para a conquista do campeonato, pois tinha 46 pontos, contra os 35 de Damon Hill e os 26 do terceiro classificado, o Ferrari do francês Jean Alesi.

O pelotão da Formula 1 sofria uma alteração na Arrows, com a chegada do italiano Maximiliano Papis, para substituir o seu compatriota Gianni Morbidelli. Ele, que tinha pontuado no Canadá com um sexto lugar, teve de ceder o seu lugar, pois a sua equipa passava por grandes dificuldades financeiras nessa altura.

A chegada do pelotão a paragens britânicas, os rumores sobre o alinhamento para a temporada seguinte voavam. Falava-se que a Ferrari queria contratar Michael Schumacher com um salário milionário, enquanto que Gerhard Berger poderia ir para a Williams. Falava-se que para esse lugar poderia ir também o alemão Heinz-Harald Frentzen, que estava na Sauber e provavelmnente tinha o desejo de dar o salto. Para além disso, a imprensa especializada falava do possivel ingresso da Dome, uma equipa japonesa, provavelmente com motores Mugen-Honda.

Na qualificação, Damon Hill conseguiu ser melhor que Michael Schumacher por uns meros dois centésimos de segundo, enquanto que na segunda linha estavam o segundo Williams de David Coulthard e o Ferrari de Gerhard Berger. O segundo Benetton de Johnny Herbert era o quinto, com o segundo Ferrari de Jean Alesi logo a seguir. Eddie Irvine era o sétimo a partir, como McLaren de Mika Hakkinen no oitavo lugar. A fechar os dez primeiros estavam o segundo Jordan-Peugeot de Rubens Barrichello e o segundo McLaren de Mark Blundell.

No dia da corrida estavam mais de cem mil espectadores nas bancadas do circuito para nas horas anteriores a ela receberem uma bátega de água, tipico do Verão inglês. Contudo, à hora da corrida, a pista estava seca e todos largaram com pneus secos. No momento da largada, Hill manteve a liderança, com Jean Alesi a fazer uma partida-canhão, subindo para o segundo lugar no final da primeira volta, á frente de Schumacher e Coulthard.

A Benetton tinha optado pela estratégia de uma só paragem na corrida inglesa, enquanto que a Williams decidiu apostar em duas paragens. Assim isso fazia com que Hill se distanciasse, enquanto que Schumacher estava "preso" atrás de Alesi, que era um pouco mais lento que o carro do alemão, mas a perturbação aerodinâmica do carro do francês o impedia de o ultrapassar. Entretanto, mais atrás, os comissários avisavam o Ligier de Olivier Panis e o Jordan de Rubens Barrichello que tinham feito uma falsa partida, sendo obrigados a um "stop & go", o que os fizeram atrasar em muito.

Com a paragem de Hill e Alesi, Schumacher apropriou-se do comando, mas como os dois carros iriam fazer mais paragens, eram mais rápidos do que o carro do alemão. Entretanto, Berger tinha deistido com problemas numa das rodas do seu Ferrari, enquanto que Coulthard debatia-se com problemas eletrónicos na sua caixa de velocidades, mas continuava em pista. O escocês foi à boxe para fazer o seu reabastecimento, mas quando voltava à pista, o controle eletrónico de velocidade, que o limitava a 80 km/hora nas boxes, estava avariado e sem saber, estava a exceder a velocidade. Resultado: penalização "stop & go".

Após o reabastecimento, Hill aproximava-se de Schumacher, já que tinha pneus frescos. Na volta 44, ambos estavam colados um ao outro, e o britânico tentou efectuar manobras de ultrapassagem, mas na volta 46, quando Hill decidiu fazer isso na curva Priory, na zona mais lenta do circuito. Contudo, a manobra foi mal calculada e ambos sairam de pista. Esta desistência dava aos segundos pilotos a oportunidade de brilharem, algo que Coulthard fez. Ele era o lider, mas não tinha parado para cumprir a penalização, logo, cedeu o lugar para Johnny Herbert, que pela primaira vez na sua carreira, liderava um Grande Prémio de Formula 1.

Com os lideres de fora e Coulthard atrasado, era a altura para Herbert brilhar. Em piloto cuja carreira esteve em risco sete anos antes, devido a um forte acidente em Brands Hatch, quando corria na Formula 3000, poderia entrar na galeria dos vencedores em Silverstone. Atrás de si estava o Ferrari de Alesi, relativamente longe, seguido por Coulthard.

Nas voltas finais, houve drama: Rubens Barrichello e Mark Blundell lutavam pelo quarto posto, e o brasileiro viu uma oportunidade de o alcançar na penultima volta. Contudo, ambos os pilotos desentenderam-se e bateram. O brasileiro desitiu logo, enquanto que Blundell acabou a corrida em três rodas, dando o quarto lugar ao Ligier de Olivier Panis. Mas Blundell acabou em quinto, à frente do Sauber de Heinz-Harald Frentzen.

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