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Depois da corrida, a Tyrrell ganhou esperanças de uma excelente temporada, mas a estreia do Lotus 79, o carro de efeito-solo, praticamente destruiu quaisquer ambições e esperanças da Tyrrell de ir longe. Mas não foi o chassis idealizado por Colin Chapman que impediu Patrick Depailler de continuar a lutar pelo título. Problemas mecânicos nas quatro provas seguintes, Zolder, Jarama, Anderstorp e Paul Ricard, impediram de marcar pontos.
Pelo meio, Depailler participou mais uma vez nas 24 Horas de Le Mans, a bordo de um Alpine-Renault, modelo A443, e desta vez ia correr ao lado do seu amigo Jean-Pierre Jabouille, agora seu rival na Renault. Ambos fizeram o tempo mais rápido nos treinos e eram os claros favoritos à vitória, tão ambicionada pela marca francesa, que queria conseguir antes de se concentrarem nas operações da Formula 1. Na partida, Jabouille ficou com o primeiro turno, mas após uma hora entregou a Depailler. O carro sofria com problemas de vibração, o que fez cair até ao quarto posto, mas após algumas passagens pelas boxes, o problema foi resolvido.
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Contudo, perto das dez da manhã, as esperanças de uma vitória por parte dos dois pilotos foram destruídas quando o motor explodiu nas Hunaudriéres. As esperanças de Depailler em ganhar a mítica prova francesa, pouco mais de um mês após a vitória no GP do Mónaco esvaiam-se. E Pironi herdou a vitória, significando quase de imediato o encerramento das actividades da marca na prova de Endurance.
Depois disto, voltou à Formula 1 e à Tyrrell. Só em Brands Hatch é que marcou os seus primeiros pontos, um quarto lugar, numa corrida bem disputada, onde fez mais uma das suas típicas corridas de recuperação após um furo num pneu. Em Hockenheim, a sua corrida acabou nos primeiros metros, ao envolver-se numa carambola com o Arrows de Rolf Stommelen e o McLaren de Patrick Tambay. Mas na prova seguinte, na Áustria, as coisas seriam completamente diferentes.
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Após um compasso de espera, a prova regressa à activa, com os carros alinhados nas posições em que estavam quando a corrida parou, e os tempos das duas corridas iriam ser somadas. Na partida, Depailler tomou momentaneamente o comando, mas logo a seguir, foi superado por Ronnie Peterson. Depois mudou para pneus slicks e envolveu-se numa batalha com o Shadow de Hans Stuck e o Ferrari de Gilles Villeneuve, mas no final, Depailler levou a melhor e subiu ao pódio.
Parecia que as coisas iriam melhorar, mas na Holanda, voltou tudo ao mesmo: desistência devido ao rebentamento do motor, na volta doze. Em Monza, Depailler terminou, mas paenas no 11º posto, numa corrida marcada pela carambola da partida e os ferimentos mortais do sueco Peterson, seu colega na Tyrrell no ano anterior.
Por esta altura, era considerado como hipótese em algumas equipas, nomeadamente na Ligier. Guy Ligier aproximara-o para saber se estaria interessado em guiar para ele, pois iria alargar a equipa para dois carros e iria alinhar ao lado do seu compatriota e amigo, Jacques Laffite. Depois de algum tempo em reflexão, Depailler aceitou o convite da Ligier e assinou para a temporada de 1979. Até lá, conseguiu um quinto lugar no GP do Canadá, que naquele ano estreava o circuito de Notre-Dâme, em Montreal. No final da temporada, Depailler tinha conseguido 34 pontos e o quinto lugar de um campeonato que tinha começado de forma tão prometedora, mas que no final sairia numa desilusão.
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Em Kyalami, Depailler bateu Laffite, mas aqui os Ferrari estreavam o seu modelo 312T4, e estes foram os melhores na alta altitude sul-africana. Partindo do quinto posto, a corrida de Depailler acabou na volta quatro, quando se despistou na Barbeque Corner, vitima de um despiste, pois tinha apostado em pneus secos numa pista ainda molhada devido a uma tromba de água no inicio da corrida, que tinha interrompido a prova.
Em Long Beach, os Ferrari estavam num excelente fim de semana, com Gilles Villeneuve a conseguir a polé-position, com Depailler a ser quarto. Na partida, ele saltou para o segundo lugar, onde entrou em luta com o Ferrari de Jody Scheckter. Mas cedo, ambos foram passados pelo Tyrrell de Jean-Pierre Jarier, e pouco depois, foi ultrapassado pelo sul-africano. Pouco depois, começou a sofrer alguns problemas de travões, que o fizeram perder posições para o Williams de Alan Jones e o Lotus de Mário Andretti. No final, acabou no quinto lugar, beneficiando a desistência de Jarier.
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A prova seguinte era em Zolder, o GP da Bélgica. Depailler conseguiu o segundo tempo, sendo apenas batido pelo seu companheiro Laffite, mas estava confiante de que poderia fazer a mesma coisa que fez em Espanha. Na partida, conseguiu a liderança, com Jones e Laffite logo a seguir. Mas desta vez estes reagiram e na volta 19, Laffite passou-o, com Jones a fazer idêntica manobra três voltas mais tarde. Pouco depois, Jones ficou com o primeiro lugar, mas abandonou na volta 39. Por esta altura, os dois Ligiers combatiam entre si pelo primeiro posto, mas na volta 46, travou tarde demais numa das chicanes e abandonou logo ali. No acidente, iria magoar o pulso, o que colocaria dúvidas acerca da sua participação na corrida seguinte, o GP do Mónaco.
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Depailler tinha agora 22 pontos, e estava nos lugares da frente do campeonato. Estava confiante que com desenvolvimento adqequado, poderia ser mais eficaz do que os Ferrari. Como faltava ainda um mês até à próxima corrida, o GP de França, aproveitou esse tempo para praticar desportos ao ar livre ao pé da sua casa. E foi aí que o sonho virou pesadelo.
(continua)
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