Vi a corrida nesta madrugada, e garanto que valeu a pena pela emoção que deu e pelo final imprevisivel que teve. Mas só agora é que escrevo as linhas essenciais da vitória de Dario Franchitti na oval de Chicagoland, que aproveitando a paragem de Will Power, conseguiu terminar a corrida no primeiro lugar e manter-se na luta pelo título de 2010 da Indycar Racing.
E foi uma vitória da estretégia: a trinta voltas do fim, Dario Franchitti aproveitou a última paragens nas boxes para não trocar de pneus e aguentando o material até ao fim e alcançar a vitória sobre Dan Wheldon e Marco Andretti. Mas a apenas 0,0423 segundos. Mas com o 16º lugar de Will Power, que se viu obrigado a reabastecer nas voltas finais, conseguiu diminuir consideravalmente a desvantagem que tinha sobre o australiano. Agora são 23 os pontos de diferença que tem para ele, e faltam três provas para o final da temporada.
Não foi uma prova com muitas bandeiras amarelas, mas para quem viu o que se passou logo na quinta volta, pensava-se no contrário. O britânico Alex Lloyd tocou na traseira de Tomas Scheckter, que fez um pião. Raphael Matos, que vinha logo atrás, não conseguiu desviar a bateu no muro. Lloyd e Scheckter abandonaram, Matos continuou. A corrida recomeçou na volta 15, prosseguindo num ritmo muito intenso, com os cinco primeiros classificados muito próximos entre si, com Ryan Briscoe a liderar, sempre sendo muito pressionado por Marco Andretti.
Na volta 55, aconteceu a primeira paragem nas boxes, com Andretti a entrar primeiro, seguido dos outros todos. Na volta 78, nova situação de bandeiras amarelas, quando o carro de Bia Figueiredo, de volta à competição após as 500 Milhas, raspou no muro. Os pilotos aproveitaram para novo reabastecimento, excepto Sarah Fisher, que tinha uma estratégia diferente. Helio Castro Neves teve problemas quando trocava de pneus e teve de fazer uma paragem extra, caindo para a 22ª posição.
As coisas pareciam recomeçar quando o brasileiro Vítor Meira tocou na traseira do japonês Hideki Mutoh, que por sua vez bateu no canadiano Alex Tagliani, atrasando o reinício da corrida. Somente Tagniani concluiu permaturamente a corrida.
O recomeço foi na volta noventa, com Briscoe na frente e Fisher em segundo, ficando ali até reabastecer vinte voltas depois. Nas 80 voltas seguintes, só com bandeira verde, os pilotos rodavam lado a lado, a centimetros uns dos outros, sem problemas. chegaram a estar três carros lado a lado e nada acontecia. Dan Wheldon, Will Power e Marco Andretti chegaram a ficar lado a lado por uma volta inteira, seguidos por Ryan Hunter-Reay, Ryan Briscoe, Tony Kanaan e Scott Dixon. Somente na volta 170, quando Alex Lloyd, de novo, perde o controlo do seu carro e sai pela relva, sem bater em nada ou ninguém.
Novamente, foi a altura para reabastecer, com Franchitti a fazer a tal manobra que lhe deu a vitória, ao não trocar de pneus. Assim, passou de nono para primeiro, com Dan Wheldon em segundo, Marco Andretti em terceiro e Will Power em quarto. Na volta 195 foi o golpe de teatro para Power, com o seu reabastecimento inoportuno, que deu a vitória a Franchitti.
Depois do pódio, Tony Kanaan foi o melhor dos brasileiros, na quinta posição, á frente do seu compatriota Helio Castro Neves. A melhor representante feminina foi Danica Patrick, na 14ª posição, à frente de Sarah Fisher, 15ª, numa corrida onde se voltou a ter conco mulheres na grelha de partida. A proxima etapa será na oval do Kentucky, a 4 de Setembro.
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