Depois das demonstrações ao longo dos três treinos livres de ontem e hoje, pensava-se que a Red Bull poderia ser a grande favorita. Afinal, a minha velha máxima de que os treinos e a qualificação são duas realidades completamente diferentes cumpriu-se aqui nesta tarde, quando Fernando Alonso alcançou a pole-position, batendo os Red Bull de Sebastian Vettel e Mark Webber. Eis a vantagem de ter uma equipa trabalhando para um piloto... enfim, essa foi a parte mais interessante desta qualificação. Mas isto não se resume à pole-position, pois existiam outras pequenas histórias que merecem ser contadas.
As duas primeiras pertencem à Q1. Primeiro, e talvez tão surpreendente como a pole de Alonso, foi ver Felipe Massa com problemas no sistema eletrónico da caixa de velocidades, quando ia fazer a sua primeira volta rápida. Recolhido às boxes, o brasileiro não saiu mais dali, fazendo com que assistamos a um paradoxo: os Ferrari na primeira e última posições da grelha de partida.
Mas houve várias coisas interessantes, a primeira das quais na Hispania. Como era sabido, Sakon Yamamoto não alinha este fim de semana porque aparentemente está doente. Com Christian Klien no seu lugar, ele aproveitou bem a chance e a agarrou com as duas mãos. Resultado? Bruno Senna despistou-se por duas vezes e Klien foi 0,3 segundo mais rápido do que o sobrinho de Ayrton. Mas ambos, claro... foram muito mais lentos do que os carros da Lotus e da Virgin. Por falar neles... foi interessante ver Timo Glock à frente do melhor das Lotus, significando que ali se trabalha e que lhes interessa ficar com o famigerado décimo lugar. Aquele que dá dinheiro da FIA.
Outro assunto no qual se queria saber como é que iria acabar era na Sauber. Será que a troca de Pedro de la Rosa por Nick Heidfeld compensaria? Pelo que se viu, não muito... Kamui Kobayashi conseguiu levar o seu carro para a Q3, no décimo posto, mas Heidfeld não foi além do 14º tempo. Aparentemente, foi trocar seis por meia dúzia, mas não se pode esquecer que o alemão não guia regularmente há quase um ano. Só nas corridas seguintes é que se pode dizer se o japonês é ou não é uma maravilha sobre rodas.
E no final, na famigerada Q3, depois de um susto de Alonso, que o colocou nas boxes para ver o que se passava com o carro, lá saiu com um set de pneus frescos (e moles) e marcou o tempo que o dava a pole-position. Sebastien Vettel e Mark Webber tentaram retaliar, mas não conseguiram, e o mesmo se passou com Jenson Button e Lewis Hamilton. Vettel contentou-se em ser segundo e Hamiltron o terceiro, batendo Button. Quanto a Mark Webber foi quinto e o pior dos candidatos ao título.
O mais interessante nesta Q3 foi ver o veterano Rubens Barrichello a ser sexto no seu Williams-Cosworth, mostrando que normalmente, a equipa de Sir Frank Williams sai-se muito bem nas ruas de Singapura. É certo que Nico Hulkenberg iria ser penalizado em cinco lugares devido ao facto de ter trocado a caixa de velocidades, mas mesmo assim, iria ser batido em toda a linha. E na Mercedes, tudo normal: Nico Rosberg bateu Michael Schumacher, apesar dos dois carros terem entrado na última parte da qualificação. E o Renault de Robert Kubica ficou entalado entre os dois Flechas de Prata.
Depois da qualificação, agora vem a corrida. E a probabilidade de chuva é real para o dia dse amanhã. Pode ser que nada aconteça, mas comvêm ficar atento.
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