O facto do GP de Itália de 1980 ser realizado em Imola tinha a ver com os eventos ocorridos dois anos antes, com a carambola na partida que causou o acidente mortal do sueco Ronnie Peterson. As autoridades italianas decidiram que enquanto o Autodromo de Monza não terminasse as devidas obras de renovação, o GP de Itália seria realizado no Autódromo de Imola, situado no centro do país, perto de Bolonha e não muito longe, também, de Modena, a sede da Ferrari.
Uma corrida extra-campeonato tinha ocorrido um ano antes, como era na altura obrigatório pelos regulamentos da FIA, e tudo estava a postos para correr no autódromo de cinco mil metros exactos de extensão, tão veloz como Monza, e também com três chicanes.
A grande modificação na lista de inscritos era a presença do alemão Manfred Winkelhock, piloto da Formula 2, na Arrows, em substituição de Jochen Mass, ainda a recuperar do seu acidente em Zeltweg, um mês antes. A Lotus continuava a alinhar com três carros, para Mario Andretti, Elio de Angelis e o seu piloto de testes, o britânico Nigel Mansell.
Na qualificação, como sempre, os Renault dominaram, ficando na primeira fila da grelha de partida. René Arnoux foi melhor do que Jean-Pierre Jabouille, enquanto que na segunda fila estava o Williams de Carlos Reutemann e o Alfa Romeo de Bruno Giacomelli. Na terceira fila estava o Brabham de Nelson Piquet e o Williams de Alan Jones, os dois candidatos ao título, lado a lado. Na quarta fila estava o Arrows de Riccardo Patrese e o Ferrari de Gilles Villeneuve. O segundo Brabham do mexicano Hector Rebaque e o Lotus de Mario Andretti fechavam o "top ten".
Durante a qualificação, Winkelhock teve um acidente com o Lotus de Nigel Mansell e isso impediu que ambos os pilotos se qualificassem para a corrida. Os Ensign de Jan Lammers e Geoff Lees juntaram-se a eles.
Na partida, os Renault aguentaram a investida de Reutemann, que depois ficou para trás quando falhou uma mudança de marcha. Piquet saltou para o terceiro posto, seguido por Giacomelli e Villeneuve. Tudo indicava que os carros italianos iriam fazer boa figura, mas...
No inicio da quinta volta, Villeneuve tem um furo a alta velocidade e embate a mais de 250 km/hora na parede e volta para a pista, sem bater em mais ninguém. Saiu do carro sem ferimentos de maior, mas no despiste levou consigo o Alfa Romeo de Giacomelli, que ao sair de pista, bateu... no Alfa Romeo de Vittorio Brambilla, que tinha saido de pista uma volta antes. A partir desse dia, a curva onde Villeneuve saiu tem o seu nome.
Pouco depois, Piquet passou os dois Renault e tomou a liderança, enquanto que Jones seria incapaz de apanhar e passar os carros franceses com motor Turbo. Atrás dele estava o Brabham de Rebaque. À medida que a corrida prosseguia, Jones apanhou Arnoux e o passou, saltando para o terceiro posto. Depois foi atrás de Jabouille e no final da 29ª volta passa o francês para ir atrás de Piquet. Por essa altura, já Rebaque tinha desistido.
Mais atrás, Reutemann passava carros atrás de carros e chegava aos pontos, no quarto posto, aproveitando o atraso de Arnoux devido a problemas no seu carro. Na volta 53, a caixa de velocidades de Jabouiille falha e o argentino fica com o lugar mais baixo do pódio.
No final da corrida, Piquet conseguia a sua terceira vitória do ano e aproximava-se de Jones para ficar a apenas um ponto do australiano na classificação geral: 54 contra 53. Reutemann era terceiro e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Lotus de Elio de Angelis, o Fittipaldi de Keke Rosberg e o Ligier de Didier Pironi.
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