Após a morte de Peter Warr, na passada segunda-feira, algumas das pessoas do meio prestaram tributo á carreira do antigo director desportivo da Team Lotus nos anos 80. Bernie Ecclestone foi um deles, deixando uma curta declaração no sitio oficial da Formula 1.
"Não só perdi um bom amigo que foi responsável da Lotus quando o Colin Chapman dirigia a equipa, mas Peter Warr, que faleceu na segunda-feira de ataque cardíaco, será recordado pelos milhares de pessoas que o conheciam. Quando o Peter esteve na Fórmula 1 ele ajudou-me a construir o que é a F1 hoje. Obrigado, Peter".
Já Clive Chapman, filho de Colin Chapman, fundador da Lotus, cujo lugar ocupou após a sua morte em Dezembro de 1982, não poupou elogios ao seu trabalho e às suas contribuições para a equipa. "O Peter Warr era um homem de grandes capacidades e com um caráter que desfrutou da vida ao máximo e deu muito mais do que aquilo que retirou. Ele era uma figura de destaque na Fórmula 1 nos anos 70 e 80 e ajudou imensos grandes pilotos a cumprirem os seus sonhos. Na equipa Lotus, ele não só dirigiu a equipa, os patrocinadores e os pilotos, como também, e talvez mais importante, o meu pai; ele desempenhou um papel fundamental na perceção do potencial da sua engenharia brilhante", afirmou.
"Após a morte do meu pai, em 1982, ele tomou a liderança do Team Lotus e levou-a de volta ao lote dos vitoriosos com o Ayrton Senna ao volante; um feito fantástico tendo em conta as circunstâncias difíceis", acrescentou, garantindo que ele "será lembrado profundamente por muita gente que ele conheceu ao longo da sua vida excitante, ao longo da qual conseguiu tantas coisas".
Warr, nascido a 18 de Junho de 1938 na Grã-Bretanha, começou por trabalhar na Lotus após a sua passagem pelo exército. Primeiro como corredor, depois como administrativo, começando a sua carreira na Team Lotus a partir de 1970, onde ficou até 1976, altura em que foi para a Wolf. Ficou lá até que a equipa se fundiu com a Copersucar-Fittipaldi, voltando à Lotus em 1981. Quando Chapman morreu, em Dezembro de 1982, tomou conta da equipa, num altura em que entravam com motores Renault Turbo. Dois anos depois - e aparentemente contra a sua vontade - contratou Ayrton Senna, que lhe deu seis das últimas sete vitórias da história da marca.
Em 1989, já com Nelson Piquet como primeiro piloto, tensões com a familia Chapman e um mau começo de temporada levaram ao abandono do cargo, tornando-se depois secretário do BRDC (British Racing Drivers Club) nos anos 90, até à sua retirada no sul de França.
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