A última corrida do ano dá sempre para isto: sessões de fotos em que todo o pelotão da Formula 1 se reune e posa para as câmaras, de uma maneira que nos dá a ilusão de união e "glamour" de um "paddock" mais opaco que casaco de lã negro. Esta operação de relações públicas é normalmente urdida pelo recém-octogenário Bernie Ecclestone, só que esta tarde, no lusco-fusco de Abu Dhabi, deu polémica.
A ideia é de juntar toda a gente, nomeadamente pilotos e directores de equipa. Ver Lewis Hamilton perto de Stefano Domenicalli, ou Frank Williams ao pé de Fernando Alonso, pode ser fantástico para muita gente, e o Tio Bernie sabe disso, daí ficar sempre no centro da fotografia, para que todos saibam que é ele que manda no "show", mas nessa foto de familia, houve três ausentes. Dois justificados e uma por justificar: a de Michael Schumacher.
Os outros dois, Bruno Senna e Timo Glock, estavam perfeitamente justificadas. Glock estava com o massagista para cirar a sua lesão no pé, enquanto que Senna Sobrinho estava a falar com os comissários de pista devido ao incidente que teve com o McLaren de Lewis Hamilton na segunda sessão de treinos livres. Mas Schumacher decidiu não aparecer... porque não apetecia lá estar. E o Tio Bernie ficou fulo. A historieta é contada por um dos que andam por lá, Adam Cooper, e aparentemente, Schumacher já andava de "shorts" e queria mais sopas e descanso do que fazer o seu sorriso "Pepsodent" para satisfazer a operação de relações públicas montado pelo "anãozinho tenebroso".
Pode não passar de mais um simples incidente, mas que irritou o Tio Bernie na sua busca de fazer da Formula 1 o seu mundo encantado - e do qual arrecada metade do dinheiro - , lá irritou.
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