O facto de no ano que vêm aparecer uma nova era no Mundial de Ralis já era um bom final de mudança, ainda mais quando se saber que irá acontecer o regresso da Prodrive, com o o seu Mini WRC, e provavelmente existirão mais construtoras nos anos seguintes. Contudo, as regras que o WRC iria ser regido a partir do ano que vêm eram um segredo relativamente escondido. Até agora.
A FIA revelou que o objectivo das novas regras tem a ver com o corte de custos e o ambiente, mas também a possibilidade de correr um WRC... como um S2000. Simplesmente, a FIA dará a possibilidade aos pilotos e equipas de trocar o propulsor (com sistemas de injeção direta amiga do ambiente), juntando-se um novo para choques dianteiro, asa traseira, volante motor, vidros laterais em plástico e travões de maiores dimensões arrefecidos a água. E com isso pode-se fazer um WRC da nova geração, restando saber se é financeiramente compensador ou não...
Porquê? Eis as desvantagens: se um piloto quiser correr inscrito como S2000, não pode ter um diferencial central, mas pode utilizar a mesma caixa de velocidades (sadev e xtrac). Quando - e se - estiver 'vestido' como WRC, o motor poderá ser totalmente novo (Citroën) ou já produzido e adaptado (Ford e MINI) e o turbo será controlado pela FIA com um limite de 2.5 bar. Se um WRC terá um restritor de 33mm, o de um S2000 ainda não foi definido, partilhando ambos um limite de 8500 rpm... que o restritor de turbo proposto irá tornar sem importância. Finalmente, também partilham o peso mínimo, 1200 quilos, o mesmo dos atuais S2000 e menos 30 quilos que os WRC.
Confuso? Um pouco. Será compensador? Desconheço. Que vai ser complicado e potencialmente polémico? Certamente! Imagem o cenário de, num rali, um S2000 de 2010 vencer aos 1.6 Turbo de 2011. Ficariamos a perguntar se valeria a pena comprar um carro novo ou converter um carro antigo para as especificações novas, não é? Quase me recorda do que foi a Formula 1 em 1987 e 1988, quando os Turbos corriam ao lado dos aspirados...
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