Na etapa de hoje, que foi percorrida à volta das duas de Copiapó, Carlos Sainz e Nasser Al Attyah continuaram a sua luta pessoal pela liderança do Rally Dakar. Aqui, o piloto espanhol foi o vencedor da etapa, mas não conseguiu voltar à liderança que ainda pertence a Nasser Al Attyah. O qatari lidera com três minutos e 18 segundos de avanço sobre o espanhol, num duelo entre os carros da Volkswagen.
Giniel De Villiers (VW) foi terceiro, a 9 minutos e dois segundos do piloto espanhol, enquanto Stéphane Peterhansel (BMW) teve hoje um dia 'normal' e foi quarto, a onze minutos e catorze segundos do vencedor. Já Ricardo Leal dos Santos conseguiu levar o seu BMW ao décimo posto na etapa, mantendo-se no sétimo lugar da geral, num dia em que teve algumas dificuldades.
"Foi uma etapa curta mas recheada de dunas que exigiam muita condução. A uma delas chegámos demasiado depressa e ao travar a fundo, na crista da duna, o motor calou-se e caímos lá em baixo num buraco. O furo deveu-se mais ao mau feitio do Lavieille que não deixa ninguém passar. Foi para a nossa frente quando caímos no buraco, mas apanhámo-lo e estávamos a consumar a ultrapassagem quando nos apertou e não tivemos outro remédio senão ir por cima de umas pedras que nos provocaram o furo. Estamos a tentar gerir da melhor forma o atual resultado ", destacou o piloto de Coimbra.
Já no lado das motos, os cinco primeiros na classificação geral foram superados por pilotos mais atrasados e hoje, o vencedor na etapa foi o americano Jonah Street. O belga Franz Verhoeven foi segundo, seguido por David Casteu. Hoje foi dia de 'bodo aos pobres', pois Cyril Despres foi apenas sétimo, recuperando um pouco mais do que um minuto a Marc Coma, que permanece na liderança com uma confortável vantagem.
Quanto a Helder Rodrigues, o piloto português perdeu-se e ficou sem gasolina perto do final da etapa, e isso fez com que se atrasasse ainda mais na luta pelo terceiro lugar com o local Francisco "Chaleco" Lopez. "Foi um dia em que comecei bem, sempre na frente. Andei sempre muito bem até ao km 215, ponto em que me perdi um pouco da estrada. Fiz nove quilómetros a mais, depois tive de voltar atrás e a gasolina acabou. Felizmente, o Felipe Prohens deu-me um pouco de gasolina e pude chegar aqui", começou por dizer no final da etapa.
"Foi um dia verdadeiramente terrível, porque a 15 quilómetros daqui estava na frente da especial e com muito tempo para o segundo, mas as corridas são assim", completou.
Ruben Faria não teve também grande sorte nesta etapa. Alguns enganos na rota e um pelotão demasiado compacto em certos sitios fizeram com que ele andasse num ritmo mais cauteloso para que pudesse terminar a etapa sem mais incidentes.
"Foi uma partida espetacular, mas todos seguimos o mesmo rumo, exceto um piloto, e passados alguns quilómetros todos estávamos fora do rumo certo e tivemos que procurar a pista correta", começou por dizer. "Quando regressámos à pista ficámos no meio de um imenso pelotão, com muito pó e onde era quase impossível ultrapassar. Tornou-se tudo muito complicado para aqueles que como eu saíram no primeiro grupo."
"Num dia em todos os da linha da frente perdemos tempo, ironicamente acabei por me aproximar do quarto posto da geral, na posse do Helder Rodrigues, e estou agora a apenas vinte minutos dessa mesma posição.", concluiu.
Amanhã, a etapa do Dakar vai ligar Copiapó a Chilecito, com 176 quilómetros de especial cronometrada.
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