Quando falei na semana passada sobre a doença de Dean Stoneman, o campeão da Formula 2 de 2010, recordo-me do comunicado oficial no seu site, afirmando que iria recorrer à inspiração de atletas de eleição como Lance Armstrong, que conseguiu se salvar após ter sofrido em 1996 de uma maleita semelhante, este mais grave e do qual tinha cerca de quarenta por cento de hipóteses de sobrevivência. Como é sabido, ele não só viveu para contar a história como pelo meio venceu sete vezes seguidas a Volta à França, numa carreira longa - apesar de uma interrupção entre 2006 e 2009 - que terminou no final da semana passada na Austrália, aos 39 anos de idade.
Um cancro deste tipo, que normalmente afeta homens vindos da Escandidávia - o bisavô de Armstrong nasceu na Noruega - é muito mais raro em africanos, e hoje em dia, caso o tratamento comece cedo, tem uma hipótese de sobrevivência muito perto dos cem por cento. Ou seja, é um cancro curável e sem grandes sequelas. Aliás, dependendo do tratamento, muitos dos que sofrem a doença normalmente voltam a ter filhos.
Contudo, há pouco mais de trinta anos, não era assim. Tanto mais que quem conhece a história do automobilismo se recordará de Gunnar Nilsson, um excelente piloto sueco que teve apenas dois anos na Formula 1 para mostrar o que valia até que um cancro testicular o fez definhar e acabar por o matar um ano após a sua deteção. E é a sua carreira e o seu legado que falo hoje no Pódium GP, bastando que sigam este link.
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