Como sabem, adoro ver o Top Gear, e agora que há novos episódios da coisa, todos os Domingos à noite ando a pesquisar no Youtube ou noutros sitios para ver se alguém colocou os novos episódios no ar. E correr como um louco, antes que a BBC os tire do ar. Estou ciente que ali haverá sempre um motivo para polémica, porque aquele programa é muito mais do que um programa de automóveis aborrecido.
Consegui ver o episódio deste Domingo e aparentemente, não vi nada que à partida causasse polémica. Contudo, ao ler ontem o Facebook do Mike Vlcek sobre uma polémica que aconteceu nesse episódio, decidi investigar o que se passara. E foi assim que reparei nas declarações do embaixador mexicano, que ficou ofendido pelo fato deles terem comparado um carro deles, o Mastretta, à comida mexicana, chamando-a de "flatulenta". O embaixador, Eduardo Medina-Mora Icaza, afirmou que as comparações que eles tinham feito ao carro e à comida foram "ofensivas, humilhantes e xenofóbicas". Uma delas foi quando Jeremy Clarkson afirmou que o embaixador mexicano "não se deveria importar com isso, porque provavelmente deve estar neste momento a dormir, com o comando da mão, à frente da televisão. Eles não irão fazer queixa, hás de ver".
Claro, o embaixador estava acordado a essa hora e fez exatamente o contrário: apresentou uma queixa formal à BBC, exigindo um pedido de desculpas da cadeia de televisão britânica devido aos "sentimentos chauvinistas [dos seus apresentadores] acerca da população mexicana". E não foram os unicos: segundo o jornal britânico Daily Mail, a BBC recebeu dezenas de queixas relativas ao caso. Será que também se queixaram sobre o Mini Countryman e o Pagani Huayra? Também gozaram com esses carros...
Amigos, de nada adianta chateá-los. Eles foram, são e serão sempre politicamente incorretos. É esse o segredo do sucesso deles. Transformaram aquilo que seria um chato programa de automóveis em algo tremendamente engraçado e instrutivo. A liberdade que têm para dizer "eu não gosto deste carro" pode até ser publicidade gratuita para essas marcas, e até pode servir para apontar os defeitos que estes têm. No inicio da nova série, em 2002, andavam atrás da Rover, especialmente os modelos feitos na India. Depois, foram atrás dos modelos feitos algures na Ásia, como os Perodua, Kia, Daewoo ou os Proton.
Querem reclamar? Façam-no se quiserem, mas estão sujeitos a algo pior. Portanto, aconselho-vos a encarar tudo na desportiva, não ligando ao que dizem. É apenas um mero programa de entretenimento!
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