Uma das coisas interessantes que saiu este Sábado na Imprensa britânica é uma entrevista a Max Mosley, o ex-presidente da FIA, feita pelo Financial Times, onde ele se conhece um pouco mais da pessoa do que o presidente de uma entidade como a FIA. Ali, Mosley fala de tudo, nomeadamente o seu escândalo sado-maso, revelado em Março de 2008 pelo tabloide "News of the World", e das suas consequências, bem como outros pormenores como a sua infância, passada em plena II Guerra Mundial.
Em relação ao primeiro caso, Mosley afirmou que está a levar o caso até ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, no sentido de que se elaborem leis mais restritivas em relação à proteção da vida privada, contra tabloides sensacionalistas.
“Quando os tabloides conseguem uma história como esta, que viola a vida privada das pessoas, mantêm-na totalmente secreta até ao momento em que a publicam, pois sabem que quando está fora, a vitima não pode colocá-la em tribunal", começou por dizer.
“Destruir as vidas das pessoas para vender mais alguns milhares de exemplares é algo totalmente errado. Sempre pensei que alguém deveria terminar com este abuso. E de repente, vi-me numa situação onde tinha os recursos, o tempo e a disponiblidade para levar o meu caso aos tribunais, e foi isso que fiz.", continuou.
“Se alguém é considerado um modelo para outros e está a fazer algo que não deveria fazer, a última coisa que queremos é expô-lo. Diga uma coisa, isso irá persuadir essas pessoas para que mudem o seu comportamento para algo melhor? No final do dia, as pessoas que criticam esse comportamento estão a comportar-se de forma hipócrita.", concluiu.
Na entrevista, Mosley fala um pouco da sua infância, em plena Segunda Guerra Mundial e do fato dos seus pais estarem na prisão de Holloway devido às suas simpatias nazis - Max é filho de Oswald Mosley, chefe dos fascistas britânicos. "Lembro-me quando vivia no campo em casa da minha ama, e ia visitar essas duas pessoas de vez em quando a esse estranho edificio. Lembro-me perfeitamente do interior da prisão, e tudo me parecia completamente normal. Havia um espaço aberto com alcatrão e umas plantas aqui e ali. Depois apareciam os meus pais, e via-os, talvez uma vez por dia. O meu pai sempre foi muito carinhoso para mim", disse.
De fato, o Tio Max sempre foi um sujeito estranho...
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