"Os eventos do Inverno europeu, nomeadamente na luta entre FISA e FOCA pela implementação dos regulamentos e a distribuição das receitas televisivas, que culminaram com o anúncio de uma entidade alternativa e na realização da corrida “pirata”, realizada no inicio de fevereiro na África do Sul, chefiada pela FOCA e pelo seu presidente, Bernie Ecclestone, resultaram na reunião com a FISA, presidida por Jean-Marie Balestre, em Maranello, sob os auspícios de Enzo Ferrari. Ambas as partes chegaram a um acordo e este foi assinado em Paris, na sede da FIA, no inicio de março, apenas dez dias antes da corrida de Long Beach. Começava aqui o primeiro dos vários Acordos de Concórdia que regem a Formula 1 até aos dias de hoje.
Ao chegar a Long Beach, todas as equipas estavam com pneus Michelin, dado que a americana Goodyear tinha anunciado a sua retirada da competição até que ambas as entidades chegassem a um acordo. Nas equipas, havia uma actividade intensa para tirar as saias dos seus flancos e tentar recuperar a competitividade perdida. Mas mesmo assim, havia polémica nas equipas, especialmente o novo e revolucionário Lotus 88 de chassis duplo, que estava a agitar o “paddock”. Algumas equipas o protestaram e Jean-Marie Balestre também estava contra o carro, fazia tudo para o ilegalizar, apesar da aprovação inicial da comissão técnica... da FISA!" (...)
É assim que começa a falar sobre o GP dos Estados Unidos Oeste de 1981, numa pré-temporada agitada, onde o fantasma da divisão da Formula 1 em duas categorias esteve presente. Tão presente que existiu uma "corrida pirata" um mês antes, no circuito sul-africano de Kyalami.
Claro, houve surpresas, como a pole-position de Riccardo Patrese no Arrows, a primeira do piloto e da equipa. Mas foi sobretudo a corrida onde a Ferrari estreou o seu motor V6 Turbo e onde a Lotus tentou colocar em pista o famoso Lotus 88 de chassis duplo. Tudo isso e muito mais pode ser lido hoje no site Podium GP.
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