Já faltam pouco mais de 24 horas para o começo do Rali de Portugal, na especial do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e leio hoje no jornal "A Bola" uma matéria muito interessante sobre o os custos do rali para a economia local. Em suma, qual é o impacto económico que um evento como estes tem. Segundo uma investigação da Universidade do Algarve, os milhares de turistas e fanáticos dos ralis deixam em média cerca de 50 milhões de euros. Um valor nada desprezível, temos de ser honestos.
Assim sendo, achei que não seria mau de todo se colocasse aqui a matéria que o jornal fez sobre o assunto, da autoria de Jorge Anjinho.
"DO CAMPISTA AO HOMEM DAS ESTRELAS
50 milhões de euros rende o Rali de Portugal.
Fãs não olham a meios nem... a despesas.
Afinal, quanto lucra a economia portuguesa com os turistas que acompanham o rali de Portugal? 50 milhões de euros vivos. Dinheiro gasto nas regiões por onde o circo roda e também no 'road show' realizado no Porto. As conclusões são de um estudo realizado pelo Centro Internacional de Investigação em Turismo e Território da Universidade do Algarve (UALG), liderado pelo Professor Fernando Perna, com base nas edições de 2009 e 2010.
'O Rali de Portugal é o segundo maior evento em Portugal a seguir ao Euro 2004. Com a enorme vantagem de ser uma prova anual, enquanto que o Euro se cingiu a um ano' assegura Fernando Perna, avançando para mais conclusões: 'Em 2010, a prova gerou 85 milhões de euros em despesa feita pelos espectadores e pela publicidade na Imprensa, sobretudo internacional. Milhões com impacto direto e indireto. O direto de 50 milhões de euros, boa parte deles vindos de espanhois, e que, de fato, entraram na economia. A outra parcela indireta, de 35 milhões, provêm da valorização e projeção da imagem do evento e das regiões através da imprensa escrita e televisões, principalmente a nivel internacional'.
E os adeptos estrangeiros são mesmo os mais gastadores da prova. Da despesa direta, 45 por cento é normalmente feita por portugueses, logo despesa interna, 55 por cento de exportações, feita por espectadores estrangeiros. Na última edição as regiões mais beneficiadas foram o Alentejo e o Algarve, que alojaram 70 por cento dos visitantes.
'O adepto do rali é muito sui genereis. Há desde o homem do hotel de cinco estrelas (e não são poucos!) ao campista que acompanha a prova sempre em tenda, mas que não deixa de gastar dinheiro. Fãs tão viciados numa modalidade como estes só vejo no golfe. São verdadeiramente fanáticos e alguns até juntam dinheiro só para acompanharem a prova', acrescenta o orientador do estudo, precisando que, em média, um turista espanhol no rali gasta 121,54 euros por dia e fica três noites em Portugal; os portugueses gastam 92,72 euros/dia, os ingleses 86/dia. Média: 104,34 euros/dia, aplicados sobretudo na restauração e alojamento.
REUNIR ÀS 4 DA MADRUGADA
Avaliar o impacto económico e a imagem que os turistas levam de Portugal são também objetivos do estudo da Universidade do Algarve (UALG). Fernando Perna, professor de Economia do Turismo e Economia do Ambiente e fã de desportos motorizados - 'era um dos que ia a Sintra ver o rali', recorda - lidera o grupo de onze elementos responsável, oito dos quais jovens licenciados, sendo a UALG o local de encontro de todos às quatro horas da manhã, pois tem de chegar aos locais antes das provas, com os questionários em português, espanhol e inglês, para fazer entre passagens. Em 2010 encontraram um casal do Peru e vários australianos de propósito em Portugal por causa do rali!"
50 milhões de euros rende o Rali de Portugal.
Fãs não olham a meios nem... a despesas.
Afinal, quanto lucra a economia portuguesa com os turistas que acompanham o rali de Portugal? 50 milhões de euros vivos. Dinheiro gasto nas regiões por onde o circo roda e também no 'road show' realizado no Porto. As conclusões são de um estudo realizado pelo Centro Internacional de Investigação em Turismo e Território da Universidade do Algarve (UALG), liderado pelo Professor Fernando Perna, com base nas edições de 2009 e 2010.
'O Rali de Portugal é o segundo maior evento em Portugal a seguir ao Euro 2004. Com a enorme vantagem de ser uma prova anual, enquanto que o Euro se cingiu a um ano' assegura Fernando Perna, avançando para mais conclusões: 'Em 2010, a prova gerou 85 milhões de euros em despesa feita pelos espectadores e pela publicidade na Imprensa, sobretudo internacional. Milhões com impacto direto e indireto. O direto de 50 milhões de euros, boa parte deles vindos de espanhois, e que, de fato, entraram na economia. A outra parcela indireta, de 35 milhões, provêm da valorização e projeção da imagem do evento e das regiões através da imprensa escrita e televisões, principalmente a nivel internacional'.
E os adeptos estrangeiros são mesmo os mais gastadores da prova. Da despesa direta, 45 por cento é normalmente feita por portugueses, logo despesa interna, 55 por cento de exportações, feita por espectadores estrangeiros. Na última edição as regiões mais beneficiadas foram o Alentejo e o Algarve, que alojaram 70 por cento dos visitantes.
'O adepto do rali é muito sui genereis. Há desde o homem do hotel de cinco estrelas (e não são poucos!) ao campista que acompanha a prova sempre em tenda, mas que não deixa de gastar dinheiro. Fãs tão viciados numa modalidade como estes só vejo no golfe. São verdadeiramente fanáticos e alguns até juntam dinheiro só para acompanharem a prova', acrescenta o orientador do estudo, precisando que, em média, um turista espanhol no rali gasta 121,54 euros por dia e fica três noites em Portugal; os portugueses gastam 92,72 euros/dia, os ingleses 86/dia. Média: 104,34 euros/dia, aplicados sobretudo na restauração e alojamento.
REUNIR ÀS 4 DA MADRUGADA
Avaliar o impacto económico e a imagem que os turistas levam de Portugal são também objetivos do estudo da Universidade do Algarve (UALG). Fernando Perna, professor de Economia do Turismo e Economia do Ambiente e fã de desportos motorizados - 'era um dos que ia a Sintra ver o rali', recorda - lidera o grupo de onze elementos responsável, oito dos quais jovens licenciados, sendo a UALG o local de encontro de todos às quatro horas da manhã, pois tem de chegar aos locais antes das provas, com os questionários em português, espanhol e inglês, para fazer entre passagens. Em 2010 encontraram um casal do Peru e vários australianos de propósito em Portugal por causa do rali!"
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