Sebastian Vettel 2, resto do pelotão zero. Parece ser um resumo demasiado simplista do que foi a corrida malaia, mas este é o resultado final dos eventos no circuito de Sepang, que aconteceu nesta manhã, á hora europeia. Levantar-me às nove da manhã de um domingo é um feito tão grande como levantar às sete da manhã de um dia qualquer da semana, mas acontece. E a corrida até nem foi o passeio que se previa, tal como a chuva, que não apareceu em força por aqulas bandas.
Na partida, viu-se a resistência de Vettel e a ousadia dos pilotos da Renault, que aproveitaram a brecha dos Ferraris e a má largada de Mark Webber para passarem de sexto para segundo (Nick Heidfeld) e de oitavo para quinto (Vitaly Petrov). A chuva lá apareceu, mas foi fraca e teve pouca importância. Por esta altura os Williams estavam atrasados, com Rubens Barrichello a sofrer um pneu furPdo - iria desistir na volta 23, com um problema hidraulico - e Pastor Maldonado também desistiria, mas no inicio.
As asas móveis mostraram-se em todo o seu esplendor neste tilkódromo, e as ultrapassagens lá aconteceram a um ritmo superior ao habitual, mas ainda houve emoção nas boxes, por exemplo, quando Felipe Massa teve problemas com os pneus na sua primeira paragem, perdendo meio minuto e estragando a sua corrida. Massa lá acabou em quinto, à frente de Alonso, mas foi um fraco consolo pois foram derrotados em toda a linha pela Renault. Já agora, a média de paragens foi de três a quatro.
Um grande momento da corrida foi na volta 45. Lewis Hamilton disse há umas semanas que "Fernando Alonso seria o seu Alain Prost e ele seria o Ayrton Senna do século XXI" Não se saberá que isso é um mero "soundbyte" do britânico ou há algo mais, mas nessa altura, ambos os pilotos duelaram para um mero terceiro lugar. O duelo teve a duração de volta e meia, e nenhum deles queria dar de fraco. Mas isso acabou com Fernando Alonso a ter uma manobra mais musculada, com ele a tocar a sua asa traseira no pneu de Hamilton, danificando-o o obrigando-o a ir às boxes. No final da corrida, o incidente teve consequências: ambos foram penalizados em 20 segundos cada um, o que fez manter o sexto lugar para Alonso, mas fez perder um lugar ao piloto britânico, que caiu para a oitava posição.
No pódio, indiferente aos duelos que aconteciam atrás de si, Sebastien Vettel gozava a sua segunda vitória do ano, com Jenson Button a levar a melhor sobre o seu companheiro, e Nick Heidfeld a regressar ao pódio pela primeira vez em dois anos. Não só se tornou no piloto com mais pódios sem ter alguma vez vencido, com treze, mas curiosamente foi aqui na Malásia que tinha conseguido o seu último. Um segundo lugar, numa corrida interrompida a meio pela forte chuva... e ainda tem mais um recorde: 240 pontos conquistados sem vencer.
Mais para o meio do pelotão, aconteceram alguns resultados interessantes. Kamui Kobayashi conseguiu por fim classificar o seu Sauber sem que fosse desclassificado, como aconteceu na Austrália, ficou à frente do Mercedes de Michael Schumacher e ainda ganhou uma posição com a penalização de Lewis Hamilton. O veterano alemão pode ter sido suplantado pelo jovem japonês, mas conseguiu dar à Marcedes os seus primeiros pontos do ano. O chato é que foi um nono lugar, muito distante daquilo que todos se esforçam e querem alcançar. Afinal, ser quinto em termos de equipas, suplantado até pela Renault-Proton-Genii, onde se procura desesperadamente por dinheiro para manter a coisa a funcionar, deve ser desconcertante...
Daqui a sete dias, a Formula 1 viajará para Xangai. Ver-se-á mais do mesmo?
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