Foi um rali exigente para Armindo Araujo: carro novo, chegado em cima da hora e sem possibilidade de fazer testes. Aliado a isso os problemas tipicos de juventude do carro, que o fizeram com que andasse com uma toada cautelosa ao longo de todo o rali, o piloto português esteve muito mais preocupado em levar o seu carro até ao fim do que propriamente atacar e lutar pelos pontos.
Em suma, o 12ª lugar final não foi mais do que uma longa adaptação de Armindo ao seu novo carro, e encarou este rali como um longo teste. Algo que criou polémica nos Fóruns de automobilismo nacionais, onde ao longo do fim de semana foi fortemente atacado pelos "campeões da Playstation", que o consideraram como frouxo, ignorando completamente - ou querendo ignorar - que nas atuais circunstâncias, Armindo não poderia aspirar a mais.
"Durante três dias ultrapassamos com tranquilidade alguns ligeiros problemas que foram aparecendo e foi muito importante termos realizado todos estes quilómetros com o novo MINI WRC. Não tivemos uma tarefa nada fácil, isso ficou visível pelo andamento que aplicámos, mas agora posso afirmar que tenho um conhecimento maior do carro que me permitirá abordar os testes, que faremos dentro de dias, com a noção do que é preciso fazer para sermos mais competitivos", começou por dizer o piloto de Santo Tirso em declarações à Autosport portuguesa.
"Criamos uma nova base e a partir daqui vamos trabalhar em cima das ilações que recolhemos aos longos destes três dias de prova. Temos de colocar o MINI WRC mais eficaz pois potencial não lhe falta. Só conseguiremos encontrar o rumo certo se formos suficientemente capazes de perceber que por vezes quando parece que demos um passo atrás estamos a criar condições para dar um grande salto em frente", concluiu.
Agora, Armindo Araujo irá regressar aos ralis no mês que vêm, para disputar o Rali da Acrópole, em mais uma etapa na sua evolução dentro do seu Mini WRC. E pode ser que desta vez, os "campeões da Playstation" se calem de vez e regressem à sua mediocridade...
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