Do Mónaco a Spa-Francochamps passaram-se quinze dias, mas durante esse periodo de tempo, o pelotão da Formula 1 ficara abalado pelo acidente mortal de Elio de Angelis, durante os testes que decorriam dez dias antes, no circuito francês de Paul Ricard. Uma perda sentida no pelotão e a Brabham decidira alinhar somente com um carro para Riccardo Patrese, enquanto que Bernie Ecclestone procurava por alguém que carregasse o fardo e preenchesse o lugar do infeliz piloto italiano. Nesse final de semana, a Brabham anunciou que o lugar iria para Derek Warwick, que pegaria no carro a partir da corrida seguinte, o GP do Canadá.
E era com isso que máquinas e pilotos estavam em Spa-Francochamps. Na qualificação, Gerhard Berger surpreeendeu com o seu Benetton-BMW, colocando-o na primeira linha, mas fora superado pelo Williams-Honda de Nelson Piquet. Na segunda fila estavam o McLaren de Alain Prost e o Lotus-Renault de Ayrton Senna, enquanto que Nigel Mansell era apenas o quinto, na frente do segundo Benetton de Teo Fabi. René Arnoux partia da sétima posição, no seu Ligier-Renault, na frente de Keke Rosberg, no segundo McLaren. Para fechar o "top ten" estavam os carros de Michele Alboreto, no seu Ferrari, e o Lola-Ford de Patrick Tambay.
A corrida começa com Piquet a partir bem, enquanto que Berger não foi assim tão bem, ficado entalado entre Senna e Prost no gancho de La Source. Prost e Berger tocam-se e causam confusão na grelha, com apenas poucas consequências: o Lola de Tambay retirava-se com a suspensão quebrada, enquanto que Prost tinha de ir às boxes para substituir o nariz do seu carro, que estava partido devido à batida com Berger.
Na frente, Piquet e Senna eram os primeiros, numa dobradinha brasileira a dominar no inicio da corrida. Mansell era o terceiro, enquanto que pilotos como Stefan Johansson, no seu Ferrari, e o segundo Lotus de Johnny Dumfries aproveitaram a confusão para subirem imenso na classificação. Mansell aproveitou a potência do seu motor Honda para apanhar Senna no inicio da segunda volta, mas pouco depois, na quinta, fez um pião e caiu para o quarto posto, atrás de Senna e Johansson. Duas voltas depois, era a vez de Dumfries despistar-se e terminar ali a sua corrida, ao mesmo tempo que Keke Rosberg parava, vitima de um motor partido.
O grande beneficiado desses despistes foi Michele Alboreto, que aproveitou essa confusão para passar o Ligier de Jacques Laffite e o Lola de Alan Jones e chegou ao quinto posto. Pouco depois, Arnoux passa Laffite para o sexto posto e as coisas mantêm-se assim até à volta 16, quando o Turbo de Piquet deixa de funcionar e ele encosta o seu carro para abandonar a corrida.
Senna herda o comando, mas tinha agora Mansell a aproximar-se dele, quando ambos foram às boxes. O britânico foi melhor do que o brasileiro nas paragens e conseguiu tomar o comando, com Johansson ainda no terceiro posto, mas incapaz de os apanhar, dado que ambos começaram uma batalha para ver quem ficava com o comando da corrida.
Eventualmente, Mansell levou a melhor e a vitória estava assegurada para ele, com Senna no segundo posto e Johansson no terceiro, à frente de Michele Alboreto. Jacques Laffite e Alain Prost ficaram com os restantes lugares pontuáveis.
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