sexta-feira, 13 de maio de 2011

GP Memória - Mónaco 1956

Quatro meses depois de correrem na Argentina, a Formula 1 estava na Europa, mais concretamente nas ruas do Principado do Mónaco. Um ano antes, tinha-se visto o acidente aparatoso de Alberto Ascari, e as autoridades locais decidiram reforçar a segurança no local, modificando a chicane do Porto.

Se na Argentina, apenas Maserati e Ferrari marcaram presençã, aqui no Mónaco estavam mais equipas: BRM, Vanwall e Gordini. Ambas as equipas britânicas alinhavam com dois carros, com Tony Brooks e Mike Hawthorn na BRM, enquanto que na Vanwall estavam o francês Maurice Trintignant e o americano Harry Schell. Na francesa Gordini, estavam três carros alinhados para Hernando da Silva Ramos, um brasileiro radicado em França, e os franceses Robert Manzon e Elie Bayol.

Na Maserati, Stirling Moss, Jean Behra e o italiano Cesare Perdisa eram os pilotos oficiais da marca a alinhar nesta corrida, enquanto que o veteranissimo Louis Chiron estava ali com outro Maserati, inscrito pela Scuderia Centro-Sud. O mesmo se passava com o britânico Horace Gould, que alinhava pela Gould's Garage, de Bristol, enquanto que Louis Rosier também tinha o seu Maserati, alinhado pela Ecurie Rosier, que tinha formado anos antes.

Na Lancia-Ferrari, o argentino Juan Manuel Fangio, o britânico Peter Collins e os italianos Luigi Musso e Eugenio Castelotti eram os pilotos oficiais, enquanto que Guido Scarlatti tinha também o seu Ferrari, mas a inscrição era privada. Ao todo, eram dezoito os carros inscritos no GP do Mónaco, mas somente dezassete é que iriam alinhar na corrida.

Na qualificação, Fangio conseguiu ser o melhor, batendo o Maserati de Stirling Moss e o Ferrsri de Eugenio Castelloti. Na segunda fila estavam o segundo Maserati de Jean Behra, acompanhado pelo Vanwall de Harry Schell. Depois veio outro Vanwall, o de Maurice Trintignant, seguido pelo terceiro Maserati de Cesare Perdisa, o Ferrari de Luigi Musso, e para fechar o "top ten", estavam o Ferrari de Peter Collins e o BRM de Mike Hawthorn.

Antes da corrida, porém, os BRM estavam fora de combate devido a problemas nas valvulas do motor. Scarlatti não tinha sido qualificado e Chiron também não alinhava devido a problemas de motor, também.

Na partida, Moss foi para a frente, com Castelloti, Fangio e Schell atrás. O argentino passou logo para o segundo lugar, mas pouco depois, comete um raro erro em Ste.Devote e faz um pião. Atrás de si, Schell e Musso atrapalhavam-se e despistavam-se contra os fardos de palha, ficando logo por ali. Fangio volta à pista para recuperar o temppo perdido, enquanto que Moss liderava já tranquilamente. Pouco depois, Moss parecia ter a corrida na mão quando Castelotti teve problemas com a embaiagem e abandonou.

Atrás, Fangio tentava recuperar o tempo perdido, passando Behra e ficando com o terceiro posto, atrás de Collins. Pouco depois, o britânico deixou passar para que tentasse alcançar Moss. As ocisas corriam pelo melhor até à volta 32, quando se despistou e bateu num muro. Foi ás boxes e deu o carro para Castelotti, enquanto que a equipa mandava parar Collins após a metade da corrida, para que lhe entregasse o carro ao argentino.

Por essa altura, o britânico era terceiro, atrás de Behra, mas quando o argentino passou para o cockpit, cedo apanha e passa o francês e vai em perseguição de Moss, que tinha uma desvantagem de 45 segundos quando faltavam trinta voltas para o fim. Não seria uma tarefa fácil para o apanhar, e só se ele batesse ou tivesse problemas mecânicos é que Fangio seria o vencedor.

E quase teve isso na volta 86, quando o carro de Perdisa teve problemas de travões precisamente no momento em que Moss estava a dobrá-lo. Ambos os carros tocaram-se, um dos suportes que segurava o capô tinha sido danificado e a visão perturbava o piloto em certas curvas, obrigando-o a abrandar. Fangio acelerou, ganhando dois segundos por volta a Moss, mas este controlou o carro tempo suficiente para o levar à meta inteiro e na primeira posição. Fangio foi o segundo, no carro de Collins, e Behra o terceiro, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Castelotti, no carro de Fangio, e Hernando da Silva Ramos, que conseguia os seus unicos pontos na carreira, no seu Gordini.

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