Depois de Imola, a Formula 1 estava no Mónaco, palco da quarta prova do ano. Aqui, a unica grande alteração no pelotão era a chegada de um motor Ford no Lola-Beatrice de Patrick Tambay, depois de Alan Jones ter tido o seu na corrida anterior, em San Marino.
E como sempre, os organizadores da corrida monegasaca decidiram continuar com as restrições nas entradas da grelha, restingindo a vinte carros os que poderiam entrar. Com 26 na grelha, isso significaria que quase um terço dos pilotos inscritos ficaria de fora, e ninguém queria ficar abaixo do vigésimo posto.
Isso não incomodou Alain Prost, que conseguiu fazer a pole-position no seu McLaren-TAG Porsche, que conseguiu ser supreior ao Williams-Honda de Nigel Mansell. Ayrton Senna, o lider do campeonato, era o terceiro da grelha, tendo a seu lado o Ferrari de Michele Alboreto. O austriaco Gerhard Berger, no seu Benetton-BMW, era o quinto na grelha, seguido pelo Brabham-BMW de Riccardo Patrese. O veterano francês Jacques Laffite era sétimo no seu Ligier-Renault, seguido pelo Lola Ford de Patrick Tambay, e a fechar o "top ten" estavam o segundo McLaren-TAG Porsche de Keke Rosberg e o Tyrrell-Renault de Martin Brundle.
Como seria de esperar, seis carros ficaram de fora, e foram eles: o Lotus-Renault de Johnny Dumfries, os Osella-Alfa romeo de Piercarlo Ghinzani e Christian Danner, os Minardi de Alessandro Nannini e Andrea de Cesaris e o Zakspeed do holandês Huub Rothengarter. Mas houve pilotos que ficaram perto da não qualificação como o Lola de Alan Jones (18º) o Benetton de Teo Fabi (16º) ou o segundo Brabham-BMW de Elio de Angelis (20º e último na grelha). E houve quem nos da frente tivesse ficado em má posição, como Nelson Piquet, apenas o 11º na grelha.
Nos momentos antes da largada, o Ligier de Jaques Laffite teve de largar do final da grelha pois não estava pronto a tempo para alinhar. Quando as luzes ficaram verdes, Prost manteve-se na frente, seguido por Senna, Mansell e Alboreto.
Atrás deles vinha Keke Rosberg, que partira bem e recuperava posições atrás de posições, sempre ao ataque. Na volta 16, passa Alboreto por fora na curva de Ste. Devote e parte ao ataque de Mansell, que o passará na volta 26 e fica com a terceira posição. Rosberg apanha Senna, mas depois vai para as boxes para trocar de pneus e volta à pista atrás de Alboreto... e passá-lo outra vez em Ste. Devote. Mansell para para meter pneus novos, mas não consegue melhorar a sua prestação.
Na volta 35, Prost mete pneus novos e cede o comando a Senna, e fica assim até à volta 42, quando o brasileiro, já acossado por Prost e os seu novo jogo de pneus, vai para as boxes e coloca um novo jogo no seu Lotus-Renault, com o francês de volta ao comando. A paragem do brasileiro não foi muito rápida e caiu para o terceiro posto.
Assim, a McLaren ia a caminho de uma dobradinha, mas antes da bandeira de xadrez, um incidente: na descida do Mirabeau, o Lola de Tambay e o Tyrrell de Brundle desentendem-se e provocam uma colisão, onde o francês embate com violência nos rails de proteção e destroi o seu carro, sem ferir alguém.
No final, Prost e Rosberg comemoram a dobradinha, com Ayrton Senna a ficar com o lugar mais baixo do pódio. Nos retantes lugares pontuáveis ficaram o Williams de Nigel Mansell e os Ligier de René Arnoux e Jacques Laffite.
Fontes:
Uma nova chicane foi construída e alongada após a saída do túnel. Batizada de "Nouvelle Chicane".
ResponderEliminarNotas:
- com a dobradinha da McLaren (Prost (vencedor) e Rosberg (2º lugar)), ela liderava pela primeira vez o campeonato de construtores;
- último pódio de Keke Rosberg na Fórmula 1 e
- última prova na carreira de Elio de Angelis. Quatro dias depois, o romano faleceria em um acidente em Paul Ricard, França. Ele tinha 28 anos.