As declarações de Michael Schumacher, afirmando que já tinha prazer em correr, aliado aos artigos demolidores por parte de dois ex-pilotos, David Coulthard e Johnny Herbert, que começaram a falar de que seria melhor ao heptacampeão alemão pensar em abandonar de vez a Formula 1 no final deste ano e não em 2012, como está previsto no seu contrato, fizeram soar os alarmes em Estugarda e Brackley, nomeadamente as sedes da Mercedes e o lugar onde os carros da Mercedes estão a ser construidos.
Assim sendo, Norbert Haug, representante da marca nos Grandes Prémios, tentou controlar os danos - é um ex-jornalista - falando à britânica Autosport que pelas suas bandas, a confiança no veterano piloto de 42 anos mantêm-se: "Quando um heptacampeão do mundo como Michael Schumacher não é bem sucedido, é natural ser criticado. E é fácil perceber porquê, pois espera-se muito dele. Analisando as suas voltas desde os treinos livres percebemos que tinha ritmo para terminar a corrida em sexto ou sétimo, mas o incidente que o fez rumar às boxes para mudar a asa dianteira estragou tudo. Acreditamos na equipa, nos pilotos, e estamos a trabalhar com calma para atingir os nossos objetivos. Vejam o caso do Nico Rosberg, que iniciou as duas últimas corridas na segunda linha da grelha.", referiu.
Contudo, as vozes criticas começam a surgir, agora que estamos a caminho da quinta prova do ano, e Schumacher não tem mais do que um oitavo lugar para mostrar nesta época. Depois de David Coulthard, desta vez foi Johnny Herbert, seu ex-companheiro de equipa na Benetton em 1995, dizer que Schumacher está a lidar com um pelotão melhor e mais aguerrido do que no seu tempo.
Num artigo de opinião para o jornal "The Nation", escreveu: "Ele não regressou para lutar no meio do pelotão, pois queria levar a Mercedes de novo às vitórias, por isso não me admirava que se retirasse no fim deste ano. Penso que o Schumacher não perdeu as suas capacidades, simplesmente esta nova geração de pilotos é melhor que ele. O nível para se vencer na Formula 1 subiu muito e ele há muito deixou de ser o 'standard'. Se antes os monolugares quase se desviavam à sua passagem, hoje em dia é mais fácil vê-lo envolvido em acidentes na segunda metade do pelotão."
Em suma, se muitos julgavam de inicio que o seu regresso à Formula 1 teria um percurso semelhante ao de Niki Lauda, em 1982, arrisca a ter paralelismos com o de Alan Jones, que tentou o mesmo três anos mais tarde com a Lola-Haas e acabou anos e meio depois, apenas com quatro pontos no bolso...
Ainda falta muito para o final da época, mas não se surpreendam se o alemão pendure o capacete... ainda antes do final do ano. Veremos.
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