Não houve mais alterações dramáticas na classificação geral nesta manhã final do Rali da Sardenha. Sebastien Löeb soube gerir a vantagem e vencer pela 64ª vez na sua carreira, a segunda deste ano, depois de ter vencido no México. O seu bom rali contrastou com o mau resultado do seu companheiro Sebastien Ogier, que foi batido por Mikko Hirvonen e Petter Solberg, que conseguiu um pódio com o seu Citroen DS3 privado.
Mikko Hirvonen salvou o rali para as cores da Ford, depois de ter perdido muito cedo Jari-Matti Latvala. Apesar de hoje ter partido com pouco mais de meio minuto de vantagem, conseguiu fazer um esforço e chegar perto de Löeb, acabando os dois com 12.1 segundos de diferença. Atrás ficou Petter Solberg, que conseguiu o seu primeiro pódio do ano, numa prova que começou mal para ele, graças a um furo, mas recuperou o bastante para chegar à luta pelo segundo posto, conseguindo bater umn Ogier menos inspirado, mas foi superado por Hirvonen.
Depois veio o jovem norueguês Mads Ostberg, que foi quinto no seu Ford Fiesta da Stobart, que conseguiu melhorar a prestação em ralis anteriores, onde teve problemas ou despistes. Desta vez esteve bastante melhor do que Matthew Wilson, que neste rali terminou na nona posição.
Quanto a Dani Sordo, conseguiu fazer aquilo que se queria: levar o seu Mini Countryman até ao fim. O sexto posto final demonstra que o conjunto, no seu primeiro rali oficial, é um conjunto sólido e prometedor. Em boas mãos, demonstra um conjunto capaz de chegar aos pontos, embora falte muito para interferir nos Ford e Citroen oficiais. Isto é apenas um primeiro passo.
O sétimo posto do estónio Ott Tanak, o melhor dos S2000, demonstra que este piloto tem muito talento. É novo - tem 23 anos - é um protegido de Markko Martin e é o seu primeiro ano num S2000, e lidera a série, depois de já ter pontuado no México. Eventualmente o seu talento não passará despercebido a ninguém, e daqui a pouco tempo estará num WRC a mostrar as suas capacidades. Espera-se que a Ford o coloque logo num WRC da Stobart, por exemplo. Já agora, diga-se que Tanak superou Juho Hanninen na luta pelo primeiro lugar na S2000.
O finlandês deu o seu melhor, mas não apanhou Tanak, mas conseguiu pontos para o WRC e a SWRC, estando na luta pelo título. E ambos ficaram na frente de Matthew Wilson, que teve dificuldades neste rali, acabando no nono posto, à frente do qatari Nasser Al Attyah, que por fim, conseguiu o seu primeiro ponto no Mundial de Ralis.
Quanto a Armindo Araujo, o fato de ter ficado à porta dos pontos, na 11ª posição, até pode ser encarado como um bom resultado, dadas as circunstâncias. Teve somente o seu carro de WRC na segunda-feira e andou o rali inteiro a experimentar e a adaptar-se ao seu carro novo, tendo uma toada muito cautelosa, até demasiada. Para mais, os problemas de juventude que estes carros normalmente tem o impediram de andar mais a fundo, logo, perferiu ser cerebral e apostar em acabar a prova, independentemente do resultado, tentando aprender o mais possivel do carro.
Quanto a Bernardo Sousa, estava a ter um rali dentro das suas expectativas, mas um problema mecânico no inicio da 16ª classificativa o impediu de terminar a prova, quando era o 15ª da geral e o quinto da sua classe. Isso o impediu de marcar pontos e ir mais à frente da classificação da sua classe, ele que venceu na Jordânia e conseguiu o seu primeiro ponto da sua carreira.
Acabado o Rali da Sardenha, o Mundial prossegue em paragens argentinas. De 26 a 29 de maio, é lá onde a luta entre Ford e Citroen continua.
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