Aparece hoje no jornal "A Bola" um artigo de meia página sobre a evolução do Mini de Armindo Araujo e as dificuldades que ele tem para fazer desenvolver o carro nesta altura do campeonato, dada a juventude do projeto. O artigo, assinado pelo jornalista Antonio Catarino, fala das criticas que se ouviram bastante durante o Rali da Sardenha, principalmente nos fóruns locais de automobilismo, onde os anarquistas do costume fizeram a sua típica conversa da treta devido às prestações do piloto português depois de terem visto o que ele conseguiu fazer num carro de S2000 no Rali de Portugal.
Neste artigo, o piloto de Santo Tirso fala das dificuldades em testar e das expectativas que ele tem, quer para o Rali da Acrópole, quer para o resto da temporada, onde vai correr na Finlândia e nos ralis de asfalto, como Alemanha e França. Com um carro novo, ele baixa as expectativas para um resto da temporada que vai servir mais para conhecer o carro.
FALTAM PEÇAS PARA O MINI DE ARMINDO
.Componentes para o Mini JCW WRC tardam e sobram dores de cabeça
.Piloto de Santo Tirso só vai testar na semana antes do Acrópole
.Bicampeão PWRC preparado para ano duro
A duas semanas do Acrópole Rali da Grécia, próxima prova do Mundial e do programa da dupla Armindo Araujo/Miguel Ramalho, mantêm-se as dificuldades sentidas pelo piloto de Santo Tirso no capitulo de testes. Sucessivos atrasos da Prodrive na entrega de peças para o Mini John Cooper Works [JCW] WRC tem inviabilizado o plano de trabalho gizado pela Motorsport Itália, estrutura que apoia o bicampeão PWRC. «Não há componentes disponiveis e por isso só iremos fazer dois dias de testes, já na Grécia, talvez nos dias 12 e 13 de Junho. Ou seja, muito próximo da realização do rali», adiantou o piloto a A BOLA.
Após a estreia auspiciosa no Rali de Portugal, «que colocou as expectativas demasiado elevadas», como o próprio piloto reconheceu, a participação no Rali da Sardenha ficou aquém do esperado, não obstante Armindo Araujo (12º) ter cumprido a prova na totalidade, tal como o piloto oficial Dani Sordo. Dificuldades várias na afinação do Mini JCW WRC evidenciaram a falta de qualquer teste preliminar para tão exigente estreia. Com mais um rali à porta, o problema volta a colocar-se e com outra dimensão: «A prova grega vai ser muito dura e nem a equipa oficial da Mini alinhará. Vou tentar encontrar uma boa base de trabalho, até poderei fazer um bom rali, mais À vontade e com confiança.»
À Grécia sucederá a estreia na Finlândia - «um rali muito complicado em que antevejo grandes dificuldades para mim» - antes de dois ralis em asfalto. «Vou tentar preparar-me o melhor possivel para essas provas, embora ainda não tenha andado com o Mini WRC nesse tipo de piso, pelo que é permaturo adiantar algo mais.»
O caminho de desenvolvimento de um carro novo é arduo, e pior, sujeito a maior numero de criticas implacáveis, para mais neste pais de oito ou... oitenta. Mas o piloto nortenho sabe o terreno onde pisa. «Estou preparado para este tipo de pressão, pois fazia pate do programa e os riscos inerentes. Estou à espera da minha oportunidade para mostrar o potencial do Mini JCW WRC. É só esperar que as coisas corram bem.»
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