(continuação do capitulo anterior)
Em 1950, começa a correr num Maserati em Pau, e depois a Alfa Romeo o convida a correr em San Remo, onde vence. Isto é mais do que suficiente para que a equipa o contratasse para a sua equipa oficial para o Mundial de Formula 1, cujo começo iria acontecer em maio, no circuito de Silverstone. Aí, termina em segundo, atrás de Nino Farina, mas sua primeira vitória aconteceria na prova a seguir, no Mónaco. Venceria mais duas corridas oficiais nesse ano, em Spa-Francochamps e em Reims, para além de vitórias extra-campeonato em Angoulême - ao volante de um Maserati - em Genebra e Pescara. Quando chega a Monza, para a última prova do ano, tinha condições para vencer o campeonato, mas acabou por desistir e ver o seu companheiro de equipa e rival, Nino Farina, a ser o primeiro campeão do mundo oficial de Formula 1.
No final do ano, regressa à Argentina e ganha mais três provas, uma delas no Chile. A temporada de 1951, volta à Europa para mais uma temporada ao serviço da Alfa Romeo. Começa a vencer na primeira prova do ano, na Suiça, e depois volta a vencer em Reims, a 1 de julho, uma condução partilhada com o seu companheiro Luigi Fagioli. Pelo meio, alinhou com Louis Rosier nas 24 Horas de Le Mans num Talbot-Lago, mas desistiu após 92 voltas. De volta à Formula 1, acabou as duas provas seguintes na sergunda posição, batido pelos Ferrari do seu compatriota Froilan Gonzalez, em Silverstone, e de Alberto Ascari, em Nurburgring, e desiste em Monza, mas continua em posição de vencer quando o campeonato chega ao circuito de Pedralbes, em Barcelona, para a prova final do ano.
Ali, Alfa Romeo e Ferrari alinham com quatro carros cada uma, e Fangio fora superado nos treinos por Ascari. Contudo, quando se preparou para a corrida, Fangio optou por jantes de 16 polegadas em vez das jantes de 18 polegadas que os Ferrari decidiram usar para a corrida. Aliado ao seu estilo de poupar os pneus, Fangio apenas esperou que a concorrência esfarelasse os pneus. E assim foi: antes na décima volta, todos os seus adversários tinham ido às boxes para trocar de pneus, enquanto que Fangio abria uma vantagem incrivel. No final, venceu a corrida e o campeonato, enquanto que o seu rival Ascari era apenas quarto, a duas voltas do argentino. Aos 40 anos, Fangio conseguia o seu primeiro titulo mundial.
Mas pouco tempo depois, a Alfa Romeo decidiu abandonar a competição e para 1952, Fangio decidiu ficar de fora da competição durante meio ano, até usar carros da BRM em corridas pequenas, como Albi e Dundrod, na Irlanda do Norte. Nessa altura, combinou com a Maserati correr para eles em Monza, no dia a seguir à corrida. Contudo, Fangio atrasou-se e quando chegou a Paris, já o vôo de ligação para Itália tinha partido. Sem perder tempo, foi de carro da capital francesa até Milão... sem parar, para ver se chegava a tempo da corrida.
Conseguiu chegar a Monza meia hora antes da corrida, mas estava fatigado devido á viagem. Partido do final da grelha, a corrida foi breve: no final da segunda volta, perdeu o controlo do seu carro, voltou-se e foi cuspido, partindo vários ossos, sendo a fratura mais grave uma no pescoço. Salvando-se à justa da morte, decidiu recuperar o resto do ano na sua Argentina natal, onde por esta altura já tinha um concessionário da Mercedes em Balcarce.
Recuperado, volta à ativa no inicio de 1953, onde vai conduzir pela Maserati, contra os Ferrari que dominavam tudo através de Alberto Ascari. Começa o ano na Formula 1 com três desistências, mas depois conseguiu três pódios consecutivos, em França - onde perdeu depois de um duelo apaixonante como Ferrari de Mike Hawthorn - Grã-Bretanha e Alemanha, antes de ser quarto na Suiça e de vencer no GP de Itália, a última prova do ano. Estes resultados foram mais do que suficiente para ser vice-campeão do mundo, com 28 pontos, muito distante de Ascari, campeão do mundo com 34,5 pontos.
Nos sportscars, Fangio vai correr pela Lancia na Carrera Panamericana, onde acaba por vencer, enquanto que participa pela primeira vez na Targa Florio, onde termina na terceira posição. Nas 24 Horas de Le Mans, ao lado do seu compatriota Onofre Marimon e a bordo de um Alfa Romeo 6C/3000M, apenas deu 22 voltas antes de desistir.
Fangio começa a temporada de 1954 a correr pela Maserati nas duas primeiras corridas do ano, na Argentina e na Suiça, mas já se sabia que estava contratado pela Mercedes, que iria regressar à Formula 1 no GP de França daquele ano, em Reims. Fangio, em conjunto com o alemão Karl Kling, dominou a corrida. Ambos acabaram nas duas primeiras posições, separados por 0,1 segundos. Parecia que os Mercedes chegariam para vencer, mas perderam na corrida seguinte, batidos pelo Ferrari de Froilan Gonzalez. Aí, Fangio acabou a corrida na quarta posição.
Na Alemanha, apesar de abalado pela morte do seu compatriota e amigo Onofre Marimon nos treinos, venceu a corrida no dia seguinte, acabando por fazer o mesmo na Suiça e em Monza, alcançando aí o seu segundo título mundial. Na última corrida do ano, no circuito espanhol de Pedralbes, em pleno centro de Barcelona, Fangio foi terceiro, batido pelo Ferrari de Mike Hawthorn e pelo Maserati de Luigi Musso.
(continua amanhã)
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