(...) "Farina era determinado, e fazia tudo para vencer. Incluindo colocar os adversários fora da pista. Em 1933 e 38 está envolvido em duas polémicas, ambas relacionadas com a morte de dois pilotos em pista: o francês Marcel Lehoux e o hungaro Lazlo Hartmann. O primeiro acontece no GP de Deauville e o segundo acontecerá em Tripoli, então uma colónia italiana.
Anos mais tarde, Stirling Moss disse acerca do estilo de Farina: “Naquele tempo, havia uma certa tolerância a manobras sujas e todos nós, às vezes, lançávamos mão delas. Mas Farina abusava. Ele era um combatente sobrevivente reclamando da incompetência das suas vítimas e ninguém discordava de que ele havia causado ambos os acidentes fatais“.
No caso da morte de Lazlo Hartmann, as autoridades atribuíram a causa do acidente a “um golpe de vento”, que teria feito com que o piloto perdesse o controle do carro mas testemunhas garantiram que o problema foi apenas Lazlo, correndo com um carro muito menos veloz do que o de Farina, não ter saído da frente do italiano rápido o bastante. Esses rumores eram tão fortes e tão persistentes que mesmo anos após a sua morte, em 1983, Enzo Ferrari, na sua autobiografia “Piloti, che gente…”, dedicou muitas linhas em desmentir categoricamente tais rumores." (...)
Anos mais tarde, Stirling Moss disse acerca do estilo de Farina: “Naquele tempo, havia uma certa tolerância a manobras sujas e todos nós, às vezes, lançávamos mão delas. Mas Farina abusava. Ele era um combatente sobrevivente reclamando da incompetência das suas vítimas e ninguém discordava de que ele havia causado ambos os acidentes fatais“.
No caso da morte de Lazlo Hartmann, as autoridades atribuíram a causa do acidente a “um golpe de vento”, que teria feito com que o piloto perdesse o controle do carro mas testemunhas garantiram que o problema foi apenas Lazlo, correndo com um carro muito menos veloz do que o de Farina, não ter saído da frente do italiano rápido o bastante. Esses rumores eram tão fortes e tão persistentes que mesmo anos após a sua morte, em 1983, Enzo Ferrari, na sua autobiografia “Piloti, che gente…”, dedicou muitas linhas em desmentir categoricamente tais rumores." (...)
Hoje faz 45 anos que Nino Farina encontrou o seu fim num poste telefónico numa estrada da zona de Chamberry, no centro de França. Ia para Rouen, assistir ao GP de França de Formula 1, e provavelmente ver as filmagens de "Grand Prix", filme realizado por John Frankenheimer. Farina certamente se identificaria com Jean-Pierre Sarti, pois também era um piloto absolutamente impiedoso nas pistas, e louco a conduzir. O fato de ter sido apontado como o culpado de dois acidentes mortais é um bom exemplo.
O resto da história daquele que nasceu em berço de ouro, foi licenciado em Direito e foi familiar do fundador da Pininfarina, venceu corridas antes e depois da II Guerra Mundial, de ter sido o primeiro vencedor oficial de um Grande Prémio de Formula 1 e de ter sido o seu primeiro campeão, tudo isto quando tinha ultrapassado os 40 anos... está hoje no sitio Pódium GP.
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