De volta à Europa, o Mundial de Ralis está na Grécia para fazer o Rali da Acrópole, um rali duro para as suspensões e pneus em particular devido aos seus pisos. O dia está a ser marcado pela Citroen, com o norueguês Petter Solberg a ser melhor do que os pilotos oficiais. Numa toada sempre ao ataque, e tirando vantagem de ser o quinto a largar na estrada, o norueguês conseguiu uma vantagem de 51,6 segundos sobre o segundo classificado, o Citroen oficial de Sebastien Löeb.
Mas não era esse o seu estado de espírito quando chegou à ultima classificativa do dia. Tinha sido "parado" por Jari-Matti Latvala e no final estava convencido que tinha perdido tempo. "Estive muito tempo atrás do Latvala e foi muito mau. De certeza que perdi muito tempo atrás dele", começou por dizer, visivelmente irritado, antes de ser alertado de que tinha, afinal, mais de 50 segundos de avanço. "Tenho 51 segundos de avanço? ["Os outros abrandaram", elucidou o repórter] Porque é que fizeram isso? Com isso estou satisfeito", concluiu.
Sebastien Löeb teve um dia duro. Sendo o primeiro na estrada, teve de "limpar" as classificativas e perder tempo para a concorrência, e ainda por cima, perdeu tempo para a concorrência quando teve um furo na penúltima especial do dia, caindo para o quinto lugar. Mas como os outros tiveram de abrandar táticamente para ganhar posições para amanhã, o segundo lugar de Löeb até pode ser considerado como bom, mantendo intactas as esperanças de vitória.
Jari-Matti Latvala teve problemas de diferencial e atrasou-se, quando andou todo o dia no segundo posto do rali, controlando o andamento de Solberg: "No caminho para o início do troço havia um caminho de terra e ao passar da estrada de asfalto para a terra pude sentir o diferencial a falhar. Pensei que era o traseiro, mas afinal era na frente. Não tivemos tempo para fazer nada pelo que simplesmente tivemos de ir. Cumprimos o troço apenas com tração traseira", explicou o finlandês, que caiu agora para o oitavo posto.
Assim, Mikko Hirvonen subiu para o terceiro posto da geral, a 55,3 segundos de Solberg e muito perto de Löeb, o que demonstra que as coisas serão apertadas no dia de amanhã. Sebastien Ogier teve um dia algo calmo e jogou na tática ao acabar o dia na quarta posição, a 57 segundos do líder e na frente de Henning Solberg. O Stobart-Ford de Matthew Wilson completa o "top six", já a dois minutos e 27 segundos, e com um minuto de avanço sobre o melhor dos S2000, o carro do jovem estónio Ott Tanak, que a cada rali que passa, deixa os observadores espantados pelo seu talento. O segundo S2000 é o de Juho Hanninen, que com o seu Skoda Fabia S2000, é o nono da geral, na frente de Kimi Raikonnen, o décimo.
Quanto aos portugueses, sortes diferentes. Primeiro, Bernardo Sousa. O piloto da Madeira está a fazer um bom rali e é o 11º classificado e o terceiro na classe S2000, não muito longe de Juho Hanninen, num dia em que correu sem problemas. "O nosso plano era chegar ao fim da prova e continua a ser o mesmo. Mas nunca sabemos ser lentos e por isso estamos numa boa posição, com bom ritmo mas a tentar manter o carro inteiro. Queremos manter esta posição, estamos satisfeitos", afirmou.
Se Bernardo Sousa faz o seu rali, já Armindo Araujo está a ter dificuldades com o seu Mini JCW WRC. Andou entre o 10º e o 12º lugar ao longo do dia de hoje, mas no último troço, teve problemas com o seu carro, tendo ficado parado devido a um toque numa pedra, que partiu uma das jantes e deixou o seu carro inguiável. "Partimos uma jante, que ficou destruída e parámos para mudar o pneu. De início pensei que fosse um braço da suspensão, mas depois vimos que era apenas uma jante partida e pudemos chegar ao final". Assim sendo, caiu para o 16º posto da geral, agora a mais de dez minutos do primeiro classificado.
O rali da Acrópole prossegue amanhã.
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