sexta-feira, 29 de julho de 2011

As corridas do passado: Alemanha 1951

Duas semanas depois de Silverstone e da primeira vitória da Ferrari (ou se perferirem, da primeira derrota da Alfa Romeo), o pelotão da Formula 1 rumava para Nurburgring, onde iriam correr pela primeira vez em terras alemãs depois da II Guerra Mundial. A Alemanha regressava lentamente ao convivio das nações e o automobilismo não era excepção, pois Nurburgring era um circuito que todos os pilotos queriam correr, dada a sua extensão e dificuldade.

Depois da sua derrota em Silverstone, a Alfa Romeo tinha uma versão modificada do seu modelo 159, e quatro carros foram inscritos para Juan Manuel Fangio, Nino Farina, Felice Bonetto e o alemão Paul Pietsch, um antigo piloto dos tempos das "Flechas de Prata" alemãs dos anos 30. Então com 40 anos, tinha-se tornado no ano anterior em Monza no primeiro piloto alemão de sempre a participar numa corrida de Formula 1.

A Ferrari reagia com cinco modelos: quatro 375 e um 212. Os 375 eram guiados por Albertto Ascari, Froilan Gonzalez, Luigi Villoresi e Piero Taruffi, enquanto que o modelo 212 estava inscrito pela Ecurie Espadon e era guiado pelo suiço Rudolf Fischer. E a Gordini tinha três carros oficiais, para os franceses Robert Manzon, Maurice Trintiganant e André Simon.

A Talbot-Lago tinha sete dos seus chassis inscritos, dois da Ecurie Rosier, para Louis Chiron e Louis Rosier, outros dois da Eciurie Belgique, para Johnny Claes e Jacques Swaters, e o resto eram as inscrições privadas dos franceses Yves-Gerard Cabantous, Philippe Etaincelin, Pierre Levegh e o britânico Duncan Hamilton.

Havia ainda três Maserati privados, dois da Enrico Platé, inscritos pelos suiços Toulo de Grafenried e Toni Branca, e um da Scuderia Ambrosiana para o britânico David Murray.

Nos treinos, a grande surpresa é o fato dos Ferrari levarem a melhor sobre os Alfa Romeo. Alberto Ascari faz a pole-position, seguido do vencedor do GP inglês, Froilan Gonzalez. Juan Manuel Fangio é o terceiro, sendo o melhor dos Alfa, seguido por Nino Farina. Depois vinham os Ferrari de Luigi Villoresi e Piero Taruffi, o Alfa de Paul Pietsch, o Ferrari de Rudi Fischer, e a fechar o "top ten" estavam o Gordini de Robert Manzon e o Alfa Romeo de Felice Bonetto.

Na partida, Farina levou a melhor sobfe os Ferrari, mas ao longo da longa volta pelo Nordschleife, é passado por Fangio, Ascari e Gonzalez. A partir dali é uma batalha entre os Ferrari e o solitário Alfa Romeo do piloto argentino, já que Farina começa a ter problemas de aquecimento e retira-se na sétima volta.

Fangio sabia que para superar os Ferrari, tinha de imprimir um ritmo elevado, já que ele tinha de para duas vezes enquanto que os Ferrari só parariam uma vez. Quando o argentino voltou ao comando depois da paragem de Ascari nas boxes, tentou abrir a maior diferença possivel, mas foi inutil, pois quando parou uma segunda vez, Ascari limitou-se a passar e a ficar com o comando. Mas o argentino conseguiu conservar o segundo posto.

No final, Ascari vencia pela primeira vez na Formula 1, de forma oficial, e era o primeiro vencedor do GP alemão desde 1939. Fangio era o segundo e tinha atrás de si três Ferraris: o do seu compatriota Froilan Gonzalez, que completava o pódio, e o dos italianos Luigi Villoresi e Piero Taruffi.

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