Quem leu o anuncio da Williams-Renault, feita nesta segunda-feira, reparou no anuncio oficial que em 2012 a Renault iria fornecer motores para quatro equipas. Pois bem, parece que as coisas podem não ser assim. E a equipa que pode pular fora - ou então que ficará com os motores Cosworth que a Williams deixará de ter - será aquela que este ano se chama... Renault.
Ainda é zum-zum, e o primeiro a abordar é Fábio Seixas, do jornal "Folha de São Paulo", mas a ser verdade, apenas confirma uma tendência que se vêm a desenhar desde o inicio do ano e que já foi referido profusamente neste blog. Embaraçante, hein? Mas não deve ser surpreendente, dado que a Renault desde há algum tempo está apostado no fornecimento de motores em vez de ter a sua própria equipa. E como sabem, o nome só se manterá até 2012 por causa do Acordo (ou Pacto) de Concórdia que a equipa assinou e que impede de as equipas sairem da Formula 1 antes dessa data. O problema será se em 2012 o nome se manter, é que caso Carlos Ghosn decida que não, Gerard Lopez, dono da Genii e que anda desesperadamente à procura de dinheiro para pagar as contas, perderá pelo menos 50 milhões de euros e verá as coisas piores do que a Hispania...
Mas para além destes problemas com Genii e Lopez, há outros motivos de esperança em relação ao acordo com a Renault. Especialmente na tecnologia que a equipa de Grove desenvolve na fábrica. Quem falava disso ontem era Joe Saward, que analisava no seu blog as vantagens do acordo entre ambas as marcas. A Renault pode ter acordos com a Red Bull - vencedora, mas que não acrescenta muito em termos de tecnologia - e com a Team Lotus, de Tony Fernandes - importante para o marcado asiático, em constante expansão - mas a Williams, que não só reaviva uma ligação do passado, mas também poderá aproveitar o sistema de KERS que a marca de Grove está a desenvolver, para os carros elétricos que a marca do losanglo anda a construir.
Em suma, não ficaria admirado se esta ligação com a Williams seja a segunda parte de uma parceria de sucesso. Mas isso depende do investimento que ambas as partes poderão fazer nos anos futuros.
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