segunda-feira, 4 de julho de 2011

GP Memória - França 1971

Quando a Formula 1 se prepara para correr em França, o pelotão já sabia do que esperava: o circuito de Paul Ricard, inaugurado no ano anterior, tinha sido elogiado pelos especialistas como um sinal do futuro: boxes alargados, infraestruturas espaçadas e um circuito veloz com escapatórias alargadas, bem como um asfalto impecável.

Quinze dias depois de Zandvoort, o pelotão da Formula 1 tinha algumas modificações: Emerson Fittipaldi voltava ao seu carro, depois de alguns dias em convalescença devido a um acidente em França. Mario Andretti resolveu correr nesse final de semana na USAC e na March, Nanni Galli estava de fora e quem ficou com o lugar foi o espanhol Alex Soler-Roig, e nessa corrida, ambos os pilotos oficiais, Ronnie Peterson e Andrea de Adamich, que também regressava à equipa com motor Alfa Romeo. Em Paul Ricard, mais dois March estavam presentes, para pilotos locais: Jean Max e Francois Mazet. Ao todo, estavam 23 pilotos inscritos para correr no novo circuito francês.

Na qualificação, Jackie Stewart conseguiu ser o melhor, seguido pelo Ferrari de Clay Regazzoni, que conseguira superar o outro Ferrari de Jacky Ickx. Graham Hill, do alto dos seus 42 anos, conseguia ser quarto no seu Brabham, seguido pelo BRM de Pedro Rodriguez, que superara o seu companheiro Jo Siffert. Francois Cevért, no segundo Tyrrell, era o sétimo, seguido do Matra de Jean-Pierre Beltoise. E a fechar o "top ten" estavam o segundo Matra de Chris Amon e o Surtees de Rolf Stommelen. Muito abaixo na grelha ficaram os Lotus de Reine Wissell, 15º, e de Emerson Fittipaldi, 17º.

Na partida, Stewart mantêm a liderança, com Regazzoni logo atrás, enquanto que Ickx atrasa-se devido a problemas de motor. O belga arrasta-se até à quarta volta, altura em que desistiu de vez. Por esta altura, havia uma batalha pelo terceiro posto entre o Matra de Beltoise e o BRM de Rodriguez.

Na volta 19, o motor Alfa Romeo de Peterson explode e deixa um rasto de óleo. Alguns minutos depois, Regazzoni passa por cima e escorrega, despistando-se para não mais voltar à corrida. Graham Hill também se despista, mas consegue voltar às boxes, atrasando-se até desistir na volta 34, devido à ruptura de um tubo de combustivel. Com isto tudo, Rodriguez sobe para o segundo posto, mas é de curta duração, quando desiste na volta 27 devido a problemas de ignição. E quem ganha com isto tudo é o companheiro de Stewart, Francois Cevért, que sobe à segunda posição, e por lá fica.

Outro dos que se beneficiam com as desistências na frente é Emerson Fittipaldi, que faz uma corrida de recuperação de quase o final da grelha. Perto do final, o piloto brasileiro é o terceiro classificado na volta 39, depois de ultrapassar o BRM de Jo Siffert e consegue dar um pódio à Lotus, mesmo que estivesse desconfortável devido às ligaduras que tinha no corpo...

E foi assim que a corrida acabou, com a primeira dobradinha da curta história da Tyrrell, e Stewart a ficar com a terceira vitória do ano. Francois Cevért, o segundo, conseguia o seu primeiro pódio da carreira, enquanto que Emerson Fittipaldi conseguia dar à Lotus o primeiro pódio do ano e no modelo 72, um carro convencional, em vez do Lotus 56 Turbina que Colin Chapman andava a desenvolver. Nos restantes lugares pontuáveis ficavam o BRM de Jo Siffert, o Matra de Chris Amon e o segundo Lotus de Reine Wissell.

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