Esta deixei passar na edição do Autosport da semana passada, pois tem a ver com os últimos Grandes Prémios. Como é sabido, a Red Bull é a força dominante nos Grandes Prémios graças ao chassis RB7, criação de Adrian Newey. Mas parece que as três últimas corridas realizadas - Grã-Bretanha, Alemanha e Hungria, onde os Red Bull não venceram - fizeram soar as campainhas de alarme para o lado dos energéticos.
Assim sendo, parece que Adrian Newey decidiu mandar as suas férias às malvas para tentar modificar o seu carro de forma a recuperar o domínio perdido. E no final deste mês, em Spa-Francochamps, Sebastian Vettel e Mark Webber poderão ter uma espécie de "versão B" do carro, para ver se ganham ambos os títulos o mais rapidamente possível. Eis o que conta o habitual Luis Vasconcelos:
RED BULL PREPARA CONTRA ATAQUE
A terceira derrota consecutiva da Red Bull acelerou Adrian Newey, que vai apresentar um RB7 bastante modificado já no próximo GP da Bélgica.
Tanto Sebastian Vettel como Mark Webber já tinham dado o alarme há algumas semanas: a McLaren e a Ferrari já são tão competitivas como a Red Bull e a equipa austriaca necessitava de fazer progredir o seu RB7 para não ficar em dificuldades na fase final da temporada. Adrian Newey, que depois do GP do Mónaco admitira que já começasse a ser tempo de concentrar-se no projeto do RB8 do próximo ano - que terá importantes modificações a nivel do instalação do KERS, forçamdo a uma revisão do pacote aerodinânmico - também se apercebera do perigo, e mudou um pouco a direção à agulha e começou a trabalhar numa evolução que tinha estreia marcada para Spa.
Mas a sucessão de derrotas, mesmo se nem todas possam ser atribuídas a uma menor competitividade do RB7 - pois em condições de aderência complicados os pilotos não se tem mostrado capazes de dar luta aos homens da McLaren - fez com que o mago da aerodinâmica tenha decidido ir ainda mais além, preparando-se, agora, para levar quase uma versão B do seu magnifico monolugar para a pista belga.
Segundo fontes próximas da equipa, toda a equipa foi convocada para trabalho extra antes da paragem obrigatória de duas semanas, este mês, para acabar de projetar e construir novas asas (tanto anteriores como posteriores), um fundo plano completamente modificado com um perfil extrator novo, novas derivas para a frente dos flancos e outros pequenos detalhes que vão deixar o monolugar com um visual bastante diferente.
VETTEL MAIS À VONTADE
Apesar de não vencer desde o GP da Europa, que correu há cinco semanas [agora seis], Sebastian Vettel saiu da Hungria com a sua liderança do Mundial reforçada, pois chegou a Budapeste 77 pontos à frente de Webber e regressou a casa com um avanço que já é de 85 pontos. Por mais que Vettel defenda não estar a fazer contas aos pontos quando está em corrida, ou que insista que "falta tanto campeonato que tudo pode acontecer, como vimos o ano passado", o fato dos seus quatro rivais repartirem as vitórias tem jogado a seu favor, cavando uma vantagem que dificilmente será, sequer, ameaçada.
Em contrapartida, o resultado de domingo [há semana e meia] deixou a luta pelo segundo lugar do Mundial ao rubro, pois Button entrou na discussão, apesar de se manter no quinto posto para que caíra depois de ter abandonado em Silverstone e no Nurburgring. Mas o vencedor de Budapeste está a 15 pontos de Webber, que se mantêm na vice-liderança do campeonato, o que quer dizer que está tudo em aberto, numa discussão que também inclui Hamilton (a três pontos do australiano) e Alonso (apenas um ponto atrás do inglês). Vettel é que é, definitivamente, de outro campeonato..."
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