Este domingo, Sebastian Vettel poderá festejar em Singapura o seu bicampeonato. A treze pontos de conquistar esse objetivo, a formula mais óbvia para o alcançar o título na cidade-estado é: Vettel vencedor e comemorará o campeonato se Fernando Alonso for de ser quarto ou pior; Jenson Button e Mark Webber forem terceiros ou pior; e Lewis Hamilton não ter hipóteses de pódio.
Mas Vettel pode não vencer e sair de Singapura com o bicampeonato no bolso. Basta acabar em segundo e ser campeão na mesma. Para isso, basta Fernando Alonso for oitavo classificado ou pior; Jenson Button e Mark Webber forem sétimos ou pior ou então, Lewis Hamilton for terceiro ou pior. E mesmo sendo terceiro classificado, poderia ser campeão se alonso terminar em nono ou abaixo disso, Button e Webber serem sétimos ou pior, e Lewis Hamilton acabar fora do pódio. De qualquer maneira, o que importa é, desde que Vettel consiga os doze pontos em falta, comemorará o seu segundo título da sua carreira, mesmo com uns provectos 24 anos. E para isso, a Red Bull já reservou quartos e uma sala num dos mais luxuosos hotéis da cidade-estado para uma festa após a corrida.
Vai ser uma corrida dificil, devido à sua distância em termos de tempo e de espaço, e também o será por se realizar à noite. E parece que, pelo que se lê nos boletins meteorológicos locais, poderá haver trovoadas no horário da corrida. Como a Formula 1 nunca correu nestas condições, essa imprevisibilidade estará patente na mente dos pilotos.
Mas o que fica na mente de todos nós é a maneira como a Red Bull e Sebastian Vettel conseguiu dominar esta época. O projeto de Adrian Newey vai ser mais um dos que ficarão na história como um chassis dominador, que marcará uma era. E pela quantidade de chassis que já desenhou, desde o Williams FW14 até ao McLaren MP4/13, passando por exemplo pelo "obscuro" March 881, de 1988, que deu os melhores resultados da equipa a Ivan Capelli e deu-se a conhecer ao mundo.
É certo que Diterich Mateschitz conseguiu "o melhor que o dinheiro pode comprar", mas Vettel é um produto da "cantera", através da Red Bull Driver Academy, ao contrário de Mark Webber, por exemplo. E tirando Newey, não tem engenheiros de topo ou mediáticos, como tem a Ferrari ou a McLaren, mais "tradicionalistas" nesse género. Em alguns anos, passaram de meros coadjuvantes a andarem no meio do pelotão a um fenómeno que só tem paralelo com aquilo que foi a Benetton nos anos 80 e 90, com Flávio Briatore ao leme, Rory Bryne a desenhar chassis, Ross Brawn como engenheiro e a presença de um fenómeno chamado Michael Schumacher.
Mas ao contrário da Benetton, há todos os sinais de que a Red Bull veio para ficar. A "cantera" da Red Bull tem colocado imensos pilotos na Formula 1, principalmente na sua "equipa B", a Toro Rosso - Jamie Alguersuari, Sebastian Buemi, Daniel Ricciardo - Sebastian Vettel quererá ser um piloto "de uma só equipa" e dispensar McLaren ou Ferrari, mas acima de tudo, o seu proprietário, Mateschitz, não dá sinais de querer sair de lá. Ainda por cima, com a renovação de Zeltweg, poderá ter interesse em fazer regressar a Formula 1 à Austria. Isto é, caso Bernie Ecclestone baixe as suas exigências...
Mesmo que Vettel não saia de Singapura com uma segunda estrela de campeão no seu fato de competição, vai ser uma questão de tempo. Pessoalmente, aposto em Suzuka. Teria mais tradição e seria mais do agrado dos fãs de automobilismo se ganhasse por ali, não é?
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