Lembram-se dos meus artigos durante a semana sobre a Lotus e sobre a Hispania? Como sabem, eles tem como base os artigos escritos pelo Joe Saward no seu blogue, e hoje ele deu mais algumas atualizações sobre ambos os casos. No caso da Lotus, é um fato revelador e no segundo, as coisas parecem estar confusas. Muito confusas mesmo.
Vamos por partes: no primeiro caso, a bolsa de Kuala Lumpur revela que as ações da Proton cairam ontem para um minimo de dois anos após o relatório da marca sobre os seus primeiros meses de 2011, onde afirmou que teve uma perda de lucros na ordem dos... 94,6 por cento. E as razões são explicadas pelos gastos fora do normal por parte da Lotus, por causa dos seus inumeros - e megalómanos - projetos automobilisticos liderados por Dany Bahar. E há a pequena revelação de a Proton pediu um empréstimo de 400 milhões de dólares a um consórcio de seis bancos malaios, a saber: CIMB Bank Bhd, Malayan Banking Bhd, Oversea-Chinese Banking Corp Ltd, Export-Import Bank of Malaysia Bhd, Affin Bank Bhd e a EON Bank Bh.
Em suma, a aposta forte no projeto de Bahar está a ter as suas consequências em termos dos lucros da companhia malaia, que é detida pelo Estado e normalmente, são deficitários e pouco eficientes, como são as companhias estatais um pouco por todo o mundo... vejamos como é que serão as coisas na segunda metade do ano, mas com as campainhas de alarme a soarem na sede, pode ser que peçam a Bahar para que abrande o ritmo e comece a concentrar-se naquilo que vale a pena. Um projeto em vez de sete ou oito, por exemplo.
Em relação à Hispania, a confusão é total. Falava-se no inicio da semana que Alejandro Agag estaria interessado em comprar a equipa, para o transformar numa verdadeira escuderia "fabricada en España", com sede em Valencia, mas parece que Agag nem quer pensar nisso. Assim sendo, a Thesan pode estar a pensar noutra coisa para fazer lucrar o projeto, atraindo algum investidor interessado. E isso parece estar a ser complicado para eles.
Entretanto, parece que se confirma que irão dispensar os serviços de Geoff Willis, que andava a projetar o carro para 2012, em regime de consultadoria. A explicação para a dispensa é simples: o contrato acabou e a Thesan optou por não o renovar. E há outro fator: Willis trabalhava em Brackley, numas instalações que faziam parte da Honda e Brawn GP, não aproveitadas pela Mercedes. E a Thesan virou-se para um grupo de projetistas aerodinâmicos que estão instalados em Munique, com a intenção de instalar um escritório em Greding, nos arredores da mesma cidade. E quem estaria a desenhar esse carro? Jorg Zander, ex-Honda e ex-Brawn GP, o homem que ajudou a desenhar o Brawn BGP001, o tal que "papou" o campeonato do mundo de 2009. A ajudá-lo estaria o espanhol José Gallego Segura, que já trabalhou na Toyota e BMW.
Com esta situação, pode-se pensar uma de duas coisas: ou Colin Kolles poderia voltar a mexer as mãos na massa, pois a sua sede é em Munique, ou então, que a Toyota namora num regresso para pós-2014. Sinceramente, não acredito em nenuma dessas possibilidades...
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